O Pix, nova modalidade de pagamentos por meios eletrônicos criada pelo Banco Central, vai reduzir o tempo das operações financeiras. Diferentemente do TED e do DOC, em que as transações só ocorrem em dias da semana e em horário limado, o Pix poderá ser feito a qualquer momento e com um custo menor do que as modalidades atuais ou até zero, dependendo das instituições.
O novo modelo de pagamentos deve começar a funcionar no dia 16 de novembro e estará integrado aos aplicativos dos bancos tradicionais e dos nativos digitais. Ele foi lançado nesta quarta-feira (19) pelo Banco Central (BC) e chega ao mercado com a missão de dar mais praticidade às transações financeiras, além de reduzir o volume de operações com moeda em espécie pelo país.
Enquanto TEDs podem levar cerca de uma hora para serem processados, e só ficam disponíveis entre 8h30 e 17h de dias úteis, e DOCs só são processados no dia útil seguinte, o Pix é instantâneo. Além disso, o custo de operação de TEDs e DOCs variam entre R$ 10 e R$ 20, dependendo da instituição financeira. Já o Pix deve ter custo bem inferior a esse.
Segundo Leandro Vilain, diretor de Negócios e Operações da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), os provedores de serviços de pagamento estão trabalhando com o Banco Central para que as transações tenham o menor custo possível para o consumidor. Ainda de acordo com ele, cada instituição irá definir suas tarifas, de acordo com sua política de negócios.
O chefe adjunto de Unidade do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro do BC, Carlos Eduardo de Andrade Brandt Silva, diz que será cobrado pelo Banco Central às instituições financeiras apenas o ressarcimento pelos custos da operação, sem nenhum sobrepreço sobre a execução desse serviço. (Veja no vídeo abaixo, entre 1h02 e 01h111, a explicação)
"Estamos enxergando uma boa tendência de que pagadores suportem custos muito baixos ou até zero, mas de fato há uma liberdade para que esses agentes econômicos cobrem dos seus clientes. Se houver qualquer tipo de situação que a formação de preço possa estar sendo distorcida ou mal realizada, nada impede que o BC com seu papel de regulador possa interferir nessa falha de mercado específica", aponta Carlos Eduardo.
É o novo sistema de pagamentos e transferências por meios eletrônicos criado pelo Banco Central.
De acordo com o Banco Central, deve começar a funcionar no dia 16 de novembro e estará integrado aos aplicativos dos bancos tradicionais e dos nativos digitais.
As instituições financeiras e de pagamento com mais de 500 mil contas, que incluem todos os principais bancos do país, serão obrigadas a oferecer a opção a seus clientes.
Sim. De acordo com o Banco Central, o valor a ser cobrado vai ser definido pelas instituições financeiras, mas deve ser bem inferior ao pago em TEDs e DOCs, em que algumas instituições chegam a cobrar até R$ 20 para realizar as transações.
Em até 10 segundos. O processo é muito similar ao que acontece em transferências entre contas do mesmo banco., porém mais rápido
Por meio de QR code, estático ou dinâmico, com uma chave de endereçamento e por outras formas de iniciação - como o preenchimento de dados manualmente, como é feito em uma TED - ou por aproximação (que entrará em funcionamento depois do funcionamento).
Para o pagamento de serviços, entre pessoas, entre pessoas e estabelecimentos comerciais, entre estabelecimentos comerciais, para entes governamentais para pagar impostos e taxas.
É necessário que tanto o pagador (quem envia o dinheiro) quanto o recebedor (quem receberá os valores) tenham uma conta em banco, instituição de pagamento tradicional ou digital. Não necessariamente essa conta precisa ser corrente.
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