O Pix, meio de transferência instantâneo e sem custos, caiu rapidamente no gosto do brasileiro. Apenas em seu primeiro ano, mais de 104 milhões pessoas fizeram pelo menos um pagamento por ele. E agora a comodidade se torna ainda maior com a chegada da opção de parcelamento do Pix.
Ao aceitar o parcelamento em uma instituição, o cliente na verdade estará pedindo um adiantamento do valor da transação para que ele possa realizar o pagamento a uma empresa ou pessoa física. Ou seja, o recebedor do Pix obtém tudo na hora, mas o valor terá que ser reembolsado pelo cliente em parcelas com juros a instituição financeira.
O Banco Central, responsável pela criação do Pix, já anunciou sua própria modalidade, intitulada provisoriamente de Pix Garantido. Ela ainda não tem data para sair, mas permitirá o fracionamento dos valores para datas futuras em seu sistema de pagamentos em um ou mais parcelas. Enquanto isso, alguns bancos e financeiras já oferecem crédito para o consumidor parcelar seu pagamento.
É o caso do banco Santander e as fintechs Mercado Pago, Digio (banco digital do Bradesco) e Picpay. As taxas sobre as transações variam entre 2% e 3,99%. No Santander, os valores podem ser divididos em até 24 vezes. Nas contas digitais de Mercado Pago, Digio e Picpay, a dívida é criada a partir do saldo do cartão de crédito. Boletoflex e Superdigital são outras empresas que oferecem a modalidade.
Segundo o economista e conselheiro no Conselho Federal de Economia Eduardo Araújo, a principal vantagem da modalidade é possibilitar que as pessoas possam fazer pagamentos a curto prazo, considerando que elas não têm o recurso disponível naquele momento. Então, é uma facilidade ao acesso a recursos financeiros, mas que vai depender muito do perfil e do limite de crédito de cada cliente.
Isso porque o Pix parcelado também é uma categoria de operação em que o banco disponibiliza crédito ao cliente. Ou seja, se o valor não é “pago”, esse cliente pode entrar no cheque especial com juros extremamente elevados.
A respeito das taxas oferecidas na nova modalidade, comparáveis as de um crédito consignado, Eduardo recomenda que os clientes pesquisem essas informações no site do Banco Central, já que, segundo ele, alguns bancos não são muito transparentes em relação aos juros em seu sites.
Sobre quando é a melhor hora para usar o Pix parcelado, o economista recomenda evitar o parcelamento no dia a dia e para compras planejadas. E que ele deve ser usado em situações de emergência, como despesas de última hora ou por motivos de saúde.
"Para evitar apertos financeiros, não utilizar a modalidade constantemente é fundamental, utilizando como critérios emergenciais que exijam o pagamento imediato e situações em que valerá a pena", completa.
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