O novo plano de recuperação judicial da Samarco, elaborado a partir de um consenso entre a empresa e a maioria dos seus credores, foi homologado pela Justiça de Minas Gerais nesta quinta-feira (31).
Segundo a empresa, com a associação entre as duas maiores mineradoras do mundo — Vale e BHP Billiton —, a partir da publicação da decisão de homologação, assinada pelo juiz Adilon Claver Resende, o plano de recuperação judicial passa a ser efetivamente executado e os pagamentos aos credores serão realizados conforme os prazos e condições descritos no plano.
A empresa foi responsável pelo desastre ambiental de Mariana (MG), em 5 de novembro de 2015, quando uma barragem se rompeu e 62 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério de ferro se espalharam por Minas Gerais e pelo Espírito Santo. Foi o maior desastre ambiental da história do país e matou 19 pessoas.
“A conclusão do processo permitirá que a Samarco se concentre em suas operações e na trajetória de retomada gradual e segura rumo a 100% de sua capacidade produtiva, assim como nos esforços de reparação conduzidos pela Fundação Renova”, afirma o presidente da Samarco, Rodrigo Vilela.
O PRJ, segundo a Samarco, permite que a empresa continue investindo em um nível sustentável para ampliar suas operações com segurança. Essa solução consensual também garante e reforça o compromisso da Samarco com as ações de reparação.
“A homologação é resultado de um esforço de todas as partes, de forma a permitir o consenso em torno de um plano equilibrado e perene, o que garante a manutenção da função social da Samarco. A dívida com fundos externos foi equacionada em comum acordo e os trabalhadores e fornecedores estratégicos receberão seus créditos em sua totalidade e corrigidos pela inflação”, destaca o diretor de Reestruturação, Luiz Fabiano Saragiotto.
Conforme informações da Samarco, os créditos a serem reestruturados por meio da recuperação judicial são de um montante de R$ 50 bilhões em dívidas. Desse total, R$ 26 bilhões são referentes aos papéis de dívidas detidos pelos credores financeiros e cerca de R$ 24 bilhões são as dívidas da Samarco com seus acionistas.
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