A plataforma de produção de petróleo e gás no Espírito Santo que teve casos de Covid-19 identificados foi a FPSO Capixaba, navio da empresa SBM afretado pela Petrobras e que opera nos campos de Cachalote e Jubarte, na região petrolífera conhecida como Parque das Baleias, no Litoral Sul do Estado, próximo à costa dos municípios de Marataízes e Presidente Kennedy.
A confirmação da unidade foi dada pela procuradora do Ministério Público do Trabalho (MPT) Flávia Veiga, da Coordenadoria Nacional do Trabalho Portuário e Aquaviário (Conatpa). A FPSO (sigla em inglês para unidade flutuante que produz, armazena e transfere óleo) é uma das três que opera para a Petrobras na porção capixaba da Bacia de Campos.
Segundo informações da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), 53 trabalhadores foram contaminados pelo novo coronavírus na plataforma. Parte da tripulação é do Espírito Santo, mas também há pessoas de outros Estados.
No entanto, os dados da Secretária de Saúde são diferentes das informações passadas pelos outros órgãos que apuram os casos de Covid-19 na embarcação. A procuradora do Trabalho disse que a informação que chegou no MPT é de 34 trabalhadores apresentaram resultados positivos para o novo coronavírus. O dado também foi confirmado pela Agência Nacional de Petróleo (ANP).
A notificação foi feita na tarde desta quarta-feira (8) à Sesa, e parte dos contaminados foi colocada em isolamento em um hotel na Grande Vitória. O estabelecimento foi fechado para atender exclusivamente os funcionários da petrolífera contaminados. O restante do grupo deverá ser acomodado no mesmo local.
Inicialmente a Sesa havia informado que a plataforma estava localizada no litoral de Macaé, no Rio de Janeiro. Porém, a FPSO Capixaba fica no Espírito Santo e é administrada pela unidade operacional da companhia em Vitória.
Em nota, a SBM Offshore confirmou que "um número significativo de tripulantes de um de seus FPSOs offshore no Brasil testou positivo para Covid-19" e informou que eles "estão recebendo atenção médica e sendo monitorados de perto".
Algumas pessoas já desembarcaram e estão recebendo atendimento médico em terra. A bordo, medidas preventivas permanecem em vigor, como distanciamento social e reforço das regras para aumentar a higiene dentro do navio, informou a empresa, acrescentando que mantém contato próximo com as autoridades brasileiras e com a cliente, Petrobras, para gerenciar a situação.
A SBM disse ainda que implantou um programa que inclui o monitoramento das tripulações em sua frota no mundo e o gerenciamento de situações especiais. Protocolos foram implementados com relação à prevenção e resposta a incidentes e planos de contingência foram criados, diz a nota.
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