O Sindicato dos Petroleiros do Espírito Santo (Sindipetro-ES) emitiu um comunicado alertando para um novo surto de Covid-19 em plataformas da Petrobras. Segundo a categoria, vários trabalhadores da P-57 e da P-58 testaram positivo para a doença, sendo que essas são as principais plataformas que operam no litoral capixaba.
A ocorrência de casos de coronavírus nas plataformas não é uma novidade, ainda mais diante da nova onda da doença. O sindicato, porém, tem reclamado de que desta vez os trabalhadores que testaram positivo estão sendo mantidos a bordo, sendo que o protocolo que vinha sendo adotado pela Petrobras e que é exigido pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) é a retirada desses trabalhadores das unidades.
Ainda segundo o sindicato, os trabalhadores das plataformas que tiveram contato com quem está com Covid não foram isolados e continuam realizando as tarefas normalmente.
De acordo com o Sindipetro, a gerência tem alegado que faltam aeronaves para retirar os trabalhadores infectados das plataformas. A nota destaca, porém, que os embarques e uso dos helicópteros continuam normalmente.
A situação tem provocado um clima de apreensão dos trabalhadores a bordo, sendo que o sindicato já cogita uma "greve sanitária caso o desembarque dos infectados e isolamento dos contactantes não ocorra."
O sindicato ainda diz que enviou um ofício para a empresa cobrando uma solução imediata e não teve retorno algum da gerência da Petrobras. O Sindipetro-ES também afirmou que vai ingressar com uma representação no Ministério Público do Trabalho (MPT) contra a conduta da empresa.
Em nota, a Petrobras informou que quando ocorre a confirmação de um caso positivo, o colaborador é isolado e segue sendo acompanhado pela área de saúde até o seu desembarque e que mesmo ocorre com casos de colaboradores sintomáticos.
Segundo a empresa, todos os novos casos confirmados nas plataformas P-57 e P-58 são assintomáticos ou com sintomas leves e estão sendo acompanhados pelas equipes de saúde.
A petroleira afirmou que não há impacto significativo nas operações da companhia em razão de afastamentos de colaboradores por Covid-19, ponderou que cumpre rígidos protocolos sanitários, e afirmou ainda que o surto se deve ao aumento dos casos em todo o Brasil que se reflete também entre os colaboradores da indústria de óleo e gás.
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