As duas associações criminosas acusadas de roubo e abate clandestino de gado no Espírito Santo também forneciam carne de cavalo para açougues e restaurantes. As investigações da Operação Abigeatus chegaram a conclusão de que o grupo vendia carne de cavalo como se fosse carne de boi.
De acordo com o delegado Giano Trindade, uma festa, realizada em Cariacica, chegou a servir apenas carne de cavalo para os convidados.
"Nós iniciamos uma série de investigações, já passam de três meses, e nesse período nós identificamos duas associações criminosas responsáveis por arrecadar esse gado, por meio de furtos, animais de estrada. Uma pessoa é responsável pelo transporte, por levar os animais ao abate clandestino, as carnes então são distribuídas a restaurantes, açougues e supermercado. E depois vendidas ao consumidor final", explicou o delegado.
Durante a operação, deflagrada na manhã desta sexta-feira (25), pai e filho foram presos. Eles são donos de um sítio em Vila Cajueiro, Cariacica, e também proprietários do supermercado Gigante, que fica no mesmo município. A polícia diz que eles são os chefes da organização criminosa responsável pelo abate e estocagem de carne sem nenhuma higiene. No sítio foram apreendidos um revólver e três armas longas.
"Os mesmos indivíduos que roubavam e estocavam essa carne, têm um supermercado e revendiam essa carne, forneciam para outras pessoas. Estamos falando de supermercado de bairro, de pessoas que em um momento de pandemia vão buscar preço baixo e nessa, acabam achando que estão comendo carne de boi e estão comendo carne de cavalo", afirmou o secretário de Segurança Pública do Estado, coronel Alexandre Ramalho.
Ao todo, a polícia apreendeu duas toneladas de carne clandestina, sendo cerca de 400 kg apreendidos apenas no supermercado. Açougues e abatedouros de Cariacica também tiveram carne apreendida durante a operação nesta sexta (25). Oito pessoas foram presas.
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