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Polícia do ES quer colocar empresário na lista de procurados da Interpol

Polícia do ES quer colocar empresário na lista de procurados da Interpol

Ele seria dono de uma das companhias americanas que recebiam dinheiro a partir das empresas de fachada usadas no esquema de lavagem de dinheiro no Estado

Publicado em 17 de dezembro de 2020 às 21:30

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Operação Pianjú: empresários foram presos por suspeita de lavagem de dinheiro
Dinheiro obtido no cumprimento de mandados de busca e apreensão no Espírito Santo e em São Paulo. (Natalia Bourguignon)

Polícia Civil do Espírito Santo está em diálogo com a Interpol, a Polícia Internacional, para que o nome de um dos suspeitos de participar do esquema de lavagem de dinheiro sediado no Estado seja incluído na lista de procurados pela instituição. O homem, que estaria em Miami, na Flórida, foi identificado como sendo sócio de uma das duas empresas americanas que receberiam remessas em dinheiro a partir do Espírito Santo. No total, a organização movimentou mais de R$ 800 milhões.

“São duas empresas identificadas nos Estados Unidos, sendo que o dono de uma delas está preso em São Paulo. O outro está em Miami, mas já estamos entrando em contato com a Interpol para que o mandado de prisão dele seja lançado e ele seja capturado”, afirmou o titular da Delegacia de Furto e Roubo de Veículos, delegado Ricardo Toledo, em coletiva na manhã desta quinta-feira (17).

Segundo as investigações, após passar por uma rede de empresas de fachada no Estado, esses recursos, que vinham de atividades ilícitas, eram enviados ao exterior simulando pagamento de contratos relacionados ao transporte portuário e ganhavam ares de legalidade.

Polícia do ES quer colocar empresário na lista de procurados da Interpol

Isso porque a transação era feita através de grandes bancos, com recolhimento de todos os impostos e taxas. Contudo, não há qualquer sinal de que os serviços tenham sido de fato prestados.

De acordo com os autos do processo, esse suspeito atuava como “laranja” de um dos empresários capixabas presos na última terça-feira (15), quando foi deflagrada a Operação Piànjú.

Informações obtidas através da quebra de sigilo bancário mostraram que essa companhia sediada nos Estados Unidos recebeu entre novembro de 2017 e fevereiro de2019, o volume de R$ 1,6 milhão apenas de uma das empresas de fachada investigadas no Espírito Santo. 

SEM INFORMAÇÃO SOBRE EMPRESAS CHINESAS

As autoridades do Estado lamentaram, contudo, não ter conseguido informações sobre as empresas chinesas que constam nos registros bancários dos investigados.

"Infelizmente não conseguimos identificar os responsáveis pelas empresas chinesas. O governo chinês não tem acordo de cooperação internacional com o Brasil. Até o presente momento, não tem como indicar se os valores estão lá, se voltaram, a quem pertencem essas empresas", lamentou o delegado.

OPERADOR FINANCEIRO FOI PRESO EM FORTALEZA

O empresário que, segundo as investigações, atuava como operador financeiro do grupo criminoso foi preso em Fortaleza, no Ceará, também na terça-feira e trazido posteriormente para o Espírito Santo.

Segundo fontes da Polícia Civil ele é capixaba, mas havia se mudado para o Nordeste há dois anos após arrumar um novo emprego. Ele está no Centro de Triagem de Viana, para onde também foram enviados os outros três empresários detidos no Estado.

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