A Polícia Federal prendeu os chefões da Telexfree Carlos Costa e Carlos Wanzeler na manhã desta terça-feira, 17, na Grande Vitória, na Operação Alnilam, que investiga suposta ocultação de valores envolvidos com as atividades da Telexfree no Brasil.
As detenções dos empresários foram confirmadas pelo advogado criminal, Rafael Lima, que representa os dois líderes em processos criminais que correm na Justiça Federal. Ele diz não saber o motivo que levou o Judiciário a decretar a prisão preventiva. "Fomos surpreendidos com essa decisão. Vamos precisar conhecer o inquérito que levou a essa ação."
Segundo a defesa, Carlos Costa foi detido em casa, na Praia da Costa, em Vila Velha. Já Wanzeler foi detido enquanto ia para a academia. Eles devem ser encaminhados ao Departamento Médico Legal para fazer o exame de corpo de delito antes de serem encaminhados à Polícia Federal para prestar depoimento.
Além das duas prisões, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão, também na região metropolitana da Grande Vitória - a Polícia Federal ainda não informou em quais endereços, nem os municípios nos quais foram cumpridos os mandados. Ao todo, 15 policiais federais participaram da operação.
O objeto da investigação é a possível prática de lavagem de dinheiro (Art. 1º da Lei 9.613/98) em razão da suposta ocultação e dissimulação da propriedade de bens e valores provenientes, direta ou indiretamente, de infração penal, segundo informou a Polícia Federal em material enviado à imprensa.
As investigações, que tiveram apoio do Ministério Público Federal no Espírito Santo, indicaram que valores recebidos pela Telexfree teriam sido ocultados para não serem alcançados pela Justiça. Em 2014 a Polícia Federal já havia deflagrado a operação Orion, que bloqueou bens da empresa.
Existe a suspeita de que imóveis teriam sido adquiridos em nome de laranjas com recursos diretamente ligados à atividade da Telexfree, bem como a posterior locação desses imóveis, gerando renda para os investigados.
Alnilam é o nome da quarta estrela mais brilhante da constelação de Orion. Como a primeira parte da operação se chamou Orion, a continuação da investigação recebeu o nome de uma das estrelas da constelação.
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