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Ponto a ponto: como foi o novo dia de pânico no mercado nesta quarta

Ponto a ponto: como foi o novo dia de pânico no mercado nesta quarta

Movimentações na "guerra" dos preços do petróleo, anúncio da pandemia de coronavírus e novo "circuit breaker" na bolsa brasileira

Publicado em 11 de março de 2020 às 21:13

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B3, a bolsa de valores de São Paulo, continua vendo queda nas ações. (B3 | Divulgação)

Os mercados voltaram a ter um dia de pânico nesta quarta-feira (11). Após uma terça com uma parcial recuperação, o clima de incerteza voltou a dominar os investidores e provocar novas quedas em bolsas de valores em todo o mundo.

O novo estresse se deu sobretudo após a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarar, no início da tarde, a pandemia do novo coronavírus (Covid-19). De acordo com a OMS, o número de casos, mortes e países afetados deve subir nos próximos dias e semanas.

O anúncio aumentou o clima de caos e derrubou ainda mais o Ibovespa, que já operava em queda, sendo necessário acionar pela segunda vez nesta semana o mecanismo de "circuit breaker" para suspender as negociações na B3 por 30 minutos.

Entenda as reações do mercado e o que aconteceu na bolsa brasileira nesta quarta:

TEMOR PELO AVANÇO DO CORONAVÍRUS

Pelo mundo, as bolsas abriram o dia em queda pelo temor dos investidores de um avanço do coronavírus e que ele provoque uma crise econômica global. No caso da bolsa brasileira, há o medo de que a doença tenha efeitos devastadores na nossa economia, uma vez que o Brasil ainda está saindo de uma crise local.

Aumentou o pânico o ceticismo dos investidores sobre o plano de estímulo do presidente Donald Trump para combater a epidemia nos Estados Unidos, a maior economia do mundo.

NOVIDADES NA "GUERRA" DO PETRÓLEO

Os investidores também seguem preocupados com a queda no preço do petróleo, diante da "guerra" entre Arábia Saudita e Rússia.

Nesta quarta, os Emirados Árabes Unidos juntaram-se à Arábia Saudita com promessas de levar a produção de petróleo a níveis recordes em abril. Os planos dos dois países, que estão entre os maiores produtores do mundo, representariam aumento equivalente a 3,6% da oferta global.

Agora, a organização prevê um crescimento da demanda em 60 mil barris por dia – previsão anterior era de alta de 990 mil.

ANÚNCIO DE PANDEMIA E NOVO "CIRCUIT BREAKER"

As bolsa já operavam em queda quando a OMS anunciou a classificação do novo coronavírus como pandemia global no início da tarde. A elevação no nível da doença pressionou os mercados novamente.

Às 15h14, Ibovespa recuou 10,11%, a 82.887 pontos, quando se iniciou o "circuit breaker" e as negociações foram interrompidas por 30 minutos.

Após o intervalo, as quedas continuaram em ritmo ainda mais acentuado. Às 16h08, o Ibovespa chegou a cair 12,04%, a 81.113 pontos, a mínima do dia.

DECLARAÇÃO DE TRUMP ACALMA INVESTIDORES

Os investidores só tiveram algum alívio após uma declaração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na tarde desta quarta. Ele afirmou que o governo americano usará todo o seu poder para combater o coronavírus.

Com isso, viu-se uma curva de queda do Ibovespa e de outros índices pelo mundo. O recuo de mais de 12% no Ibovespa caiu para cerca de 8% faltando poucos minutos do fechamento do pregão. A valorização do dólar também foi controlada e a moeda americana, que chegou a ser cotada a R$ 4,75 nesta quarta, voltou a cair.

FECHAMENTO DO MERCADO DESTA QUARTA

Com o vaivém de anúncios, o Ibovespa fechou o dia com uma queda de 7,64% e com total de 85.171 pontos. As maiores retrações foram das companhias aéreas Azul e Gol em função do temor de redução na demanda aérea por conta do coronavírus. 

Já o dólar fechou o dia cotado em R$ 4,7215, com uma valorização de 1,65%.

O barril do petróleo Brent fechou o dia cotado a US$ 35,79, com uma queda de 3,84%. As ações Petrobras recuaram 9,23% (preferenciais) e 10,15% (ordinárias).

As bolsas de Nova York, Frankfurt, Paris, Londres, Tóquio e Xangai também acompanham a brasileira e fecharam o pregão em queda.

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