Para os apaixonados por churrasco, a notícia não é muito animadora. O preço da carne bovina só deve recuar em meados de 2020. Aquela tão sonhada picanha, por exemplo, já está passando dos R$ 60 o quilo em alguns supermercados do Espírito Santo e pode ficar ainda mais cara. A projeção é que o consumidor só comece a sentir a desinflação do alimento a partir de junho do próximo ano.
A alta da carne puxou a inflação em novembro no país, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apenas a proteína animal subiu 8,09% em novembro e essa tendência deve permanecer por mais um tempo. De acordo com Thaís Zara, economista-chefe da Rosenberg e analista econômica, as projeções do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para o próximo ano mostram que a proteína animal deve começar a desacelerar no segundo semestre de 2020.
"Ainda devido a febre africana, que reduziu os estoques da Ásia, veremos os preços continuarem essa tendência de alta. Mas ela deve reverter em meados de 2020. A variação acumulada do IPCA deve começar a cair em apenas junho do próximo ano", comenta Thaís, que participou da reunião trimestral do Grupo Permanente de Acompanhamento Empresarial do Espírito Santo, que aconteceu na Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), em Vitória.
Não é de hoje que o consumidor nota o aumento no quilo da proteína bovina. O apetite chinês e dos Emirados Árabes vem elevando o número de exportações nacionais. Além disso, a alta do dólar favoreceu a exportação em relação a venda interna e o estoque de carne no mercado, proveniente do abate de matrizes, vem chegando ao fim. Tudo isso contribui para ficar o alimento ficar mais caro.
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