Os consumidores residenciais do gás encanado, assim como a indústria que depende desse produto para produzir, vão pagar mais caro por essa energia a partir deste mês. O preço do metro cúbico terá alta de 27%, segundo a Companhia de Gás do Espírito Santo (ES Gás), que é a responsável pela distribuição do produto no Estado.
Em função das variações do preço do petróleo tipo Brent e da taxa de câmbio no terceiro trimestre, a Petrobras anunciou que reajustou, em 1º de novembro, os preços de venda de gás natural para as distribuidoras para os contratos iniciados em janeiro de 2020. O reajuste foi de 26% em US$/MMBtu em relação ao preço do gás do trimestre anterior, iniciado em agosto. Quando medido em R$/m3, o reajuste é de 33%.
A ES Gás, por sua vez, informou que, tão logo recebeu o informe para o aumento no preço da molécula, submeteu o reajuste à Agência de Regulação de Serviços Públicos do Espírito Santo (Arsp), seguindo o disposto no contrato de concessão com o Estado.
O reajuste de 27% foi definido para o trimestre iniciado a partir de 1º de novembro, e, segundo a companhia, a mudança tarifária já foi informada aos seus clientes.
A alta ocorre em meio ao debate sobre a importância de tornar o gás natural mais barato para movimentar o setor industrial com novos projetos e também com mais empregos.
É importante ressaltar que, mesmo após computar o reajuste de 01/11/2020, o valor da molécula de gás está cerca de 3% abaixo do valor praticado no mês de janeiro de 2020, haja vista a forte redução ocorrida no trimestre anterior, reflexo da pandemia que estamos passando nas atividades do conjunto de países consumidores de petróleo, informou a companhia em nota.
A ES Gás afirmou ainda que está se esforçando para reduzir o preço da molécula, a fim de beneficiar os clientes com preços mais competitivos e que possam atrair novos investimentos no Estado. Para isso, está realizando uma chamada pública, que busca obter o suprimento do gás aos menores preços que o mercado competitivo seja capaz de ofertar.
Ainda segundo a empresa, o preço final de venda do gás ao consumidor é formado pela soma de quatro fatores: preços do gás (molécula e transporte que correspondem a cerca de 65% do preço ao consumidor), da margem de distribuição aos clientes (cerca de 10%) e dos tributos federais e estadual (cerca de 25%).
Destas parcelas, apenas a margem de distribuição é regulada, com base em premissas contratuais, por parte da ES Gás, sendo sempre aprovada pela Arsp.
Assim, a Companhia não precifica ou valora a molécula do gás natural, que atualmente segue a variação dos preços internacionais do barril de petróleo tipo Brent, conforme disposto no contrato de suprimento com a Petrobras, que também fornece para a grande maioria das distribuidoras estaduais.
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