Com a proximidade do início do ano letivo, a busca por material escolar disparou no Espírito Santo. Nas papelarias, as vendas de itens como cadernos, fichários, lápis, caneta, entre outros, estão mais que aquecidas. Mas além da procura, o preço também aumentou, com variações que chegam até 164% entre as diferentes lojas.
De acordo com Lívia Vasconcelos, proprietária da Lojinha da Lívia, no último dia 12 de janeiro, o estabelecimento bateu a meta de vendas prevista para todo o mês. “O volume de vendas deste ano está surreal, estamos com expectativa de triplicar o faturamento de 2020”, disse, em alusão ao período pré-pandemia. A demanda, ela conta, tem sido tão grande que, recentemente, precisou reforçar o quadro de funcionários, tanto da loja física, quanto do e-commerce.
Mas a procura por materiais escolares também vem junto do aumento nos preços. Uma pesquisa realizada pelo Procon Municipal de Vitória mostrou que alguns dos materiais mais buscados no período que antecede à volta às aulas têm apresentado variações de preços de até 164% em diferentes lojas.
É o caso da régua plástica, cujos preços foram de R$2,50 a R$6,60 nos locais averiguados pelo órgão. Já um dos itens mais básicos no estojo de qualquer estudante, o lápis preto grafite, pode variar até 150%. O preço mais em conta para o produto foi R$ 1, mas em outra loja chega a R$ 2,50.
Ainda segundo a pesquisa, produtos como cola branca e o giz de cera tiveram uma oscilação em torno de 120%, assim como o caderno universitário com capa dura e espiral. Este último foi encontrado com os preços entre R$7,99 e R$17,50.
Para evitar problemas na hora das compras, o Procon-ES também deu algumas orientações:
O diretor-presidente do Procon-ES, Rogério Athayde, recomenda cautela na escolha dos materiais escolares, e reforça que produtos de marcas patenteadas de super-heróis e outros personagens, por exemplo, são bem mais caros, onerando o gasto final.
“Há uma variação de preços significativa dependendo da marca. Por isso, é fundamental que os pais tenham uma conversa com os filhos antes de ir às compras, tentando fugir dos apelos publicitários. Nem sempre o material mais caro e sofisticado é o melhor."
Vale lembrar ainda que materiais de uso coletivo, como de limpeza e higiene, bem como os utilizados na área administrativa, não podem constar na lista de material escolar dos alunos, pois esses gastos estão cobertos pela mensalidade. Além disso, se a instituição de ensino solicitar materiais que não fazem parte das atividades escolares rotineiras, o Procon-ES recomenda que o consumidor cheque a finalidade e se a quantidade solicitada é razoável. "A instituição de ensino também não pode impedir que o aluno participe das atividades escolares em razão da ausência de determinado material didático-escolar exigido."
Os consumidores podem registrar suas reclamações junto ao Procon-ES, pelo e-mail [email protected] ou pessoalmente na sede do Procon do seu município ou do Procon Estadual, na Avenida Jerônimo Monteiro, nº 935, Centro, Vitória, de segunda a sexta-feira, mediante retirada de senha no local.
O Procon Estadual também tem uma unidade localizada no Faça Fácil Cariacica, que está atendendo por agendamento, e deve ser feito pelo site www.facafacil.es.gov.br. É preciso que o consumidor tenha disponível o RG (Carteira de Identidade), CPF, além de documentos que possam comprovar a reclamação. As dúvidas podem ser solucionadas pelo WhatsApp 27 3323-6237.
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