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Preço do metro quadrado em Vitória está entre os dez mais caros do Brasil

Preço do metro quadrado em Vitória está entre os dez mais caros do Brasil

Pesquisa analisou 50 cidades brasileiras. Dentre as capitais, a Capital capixaba fica em quinto lugar no ranking

Publicado em 7 de janeiro de 2020 às 21:47

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Vista aérea de prédios de Vitória: preço do metro quadrado está entre os dez maiores do país. (Luciney Araújo)

O preço do metro quadrado dos imóveis em Vitória ficou entre os dez mais caros do país segundo o índice FipeZap, divulgado desta terça-feira (7).  Em dezembro, esse valor foi de R$ 6.657. A entidade analisou 50 cidades brasileiras, dentre elas, 16 capitais.

O valor mais alto do metro quadrado foi registrado no Rio de Janeiro (R$ 9,3 mil), seguido por São Paulo (R$ 9 mil). Em seguida há cidades como Balneário Comboriú, em Santa Catarina, e o Distrito Federal. Já os metros quadrados mais baratos foram registrados em São José dos Pinhais (PR) e Betim (MG). Veja no gráfico abaixo:

Dentre as 16 capitais analisadas, Vitória ficou em quinto lugar no ranking. Mesmo na Capital, o valor dos imóveis varia muito, de acordo com os bairros. Em Barro Vermelho, por exemplo, o metro quadrado custou em dezembro, em média, R$ 7,9 mil. Enquanto no Centro de Vitória, esse valor cai para um terço, cerca de R$ 2,5 mil.

Já em Vila Velha, única cidade capixaba avaliada pelo índice além da Capital,  o preço médio do metro quadrado ficou em R$ 4,9 mil.

O diretor da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Espírito Santo (Ademi-ES), Gustavo Weigert Figueiredo, avalia que, por conta da crise, houve pouca oferta de imóveis em Vitória nos últimos anos, mas a demanda continuou existindo. Agora, com o início de uma retomada econômica, essa demanda ficou maior. 

"Ao longo dos últimos anos, as empresas capixabas, muito conscientes, seguraram bastante a quantidade de lançamentos. Então mercado teve pouca oferta. Com isso, a tendência do preço é crescer mesmo", explica.

Somado a isso, ele ressalta, há o fato de Vitória ser uma ilha e, principalmente nas áreas nobres, haver atualmente pouca oferta de terrenos para novos empreendimentos. 

VARIAÇÃO EM 2019

O preço médio dos imóveis na Capital registrou aumento de 3,57% em 2019. É a segunda maior alta nominal (desconsiderando a inflação) entre as 16 capitais analisadas pelo índice FipeZap. Manaus foi a cidade que mais apresentou crescimento nominal no preço dos imóveis, 3,61%. A inflação no mesmo período, segundo o último Boletim Focus do Banco Central, divulgado no último dia 3, foi de 4,13%.

O Rio de Janeiro, por exemplo, teve queda nominal de 2,25% no preço dos imóveis no ano passado.

Para o diretor da Ademi, esse dado aponta para uma retomada do setor imobiliário. "Analisando o desempenho anteriores, teve ano que foi quase zero de crescimento. Houve um avanço ainda pequeno em 2018 e, em 2019, esse crescimento começou a esticar. Isso demonstra uma tendência de crescimento ainda maior para os próximos anos", diz. 

Ele acredita que, para que esse crescimento se concretize, é necessário que o governo federal mantenha a agenda de reformas previstas para o próximo ano como a tributária e a administrativa. Além disso, a redução do desemprego é fundamental. "Em períodos de crise, as pessoas ficam com medo de ser demitidas e não se comprometem com a compra de um imóvel. Hoje esse medo de demissão não existe tanto. Os trabalhadores estão mais confiantes e planejam fazer investimento de longo prazo. "

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