O preço do metro quadrado dos imóveis em Vitória ficou entre os dez mais caros do país segundo o índice FipeZap, divulgado desta terça-feira (7). Em dezembro, esse valor foi de R$ 6.657. A entidade analisou 50 cidades brasileiras, dentre elas, 16 capitais.
O valor mais alto do metro quadrado foi registrado no Rio de Janeiro (R$ 9,3 mil), seguido por São Paulo (R$ 9 mil). Em seguida há cidades como Balneário Comboriú, em Santa Catarina, e o Distrito Federal. Já os metros quadrados mais baratos foram registrados em São José dos Pinhais (PR) e Betim (MG). Veja no gráfico abaixo:
Dentre as 16 capitais analisadas, Vitória ficou em quinto lugar no ranking. Mesmo na Capital, o valor dos imóveis varia muito, de acordo com os bairros. Em Barro Vermelho, por exemplo, o metro quadrado custou em dezembro, em média, R$ 7,9 mil. Enquanto no Centro de Vitória, esse valor cai para um terço, cerca de R$ 2,5 mil.
Já em Vila Velha, única cidade capixaba avaliada pelo índice além da Capital, o preço médio do metro quadrado ficou em R$ 4,9 mil.
O diretor da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Espírito Santo (Ademi-ES), Gustavo Weigert Figueiredo, avalia que, por conta da crise, houve pouca oferta de imóveis em Vitória nos últimos anos, mas a demanda continuou existindo. Agora, com o início de uma retomada econômica, essa demanda ficou maior.
"Ao longo dos últimos anos, as empresas capixabas, muito conscientes, seguraram bastante a quantidade de lançamentos. Então mercado teve pouca oferta. Com isso, a tendência do preço é crescer mesmo", explica.
Somado a isso, ele ressalta, há o fato de Vitória ser uma ilha e, principalmente nas áreas nobres, haver atualmente pouca oferta de terrenos para novos empreendimentos.
O preço médio dos imóveis na Capital registrou aumento de 3,57% em 2019. É a segunda maior alta nominal (desconsiderando a inflação) entre as 16 capitais analisadas pelo índice FipeZap. Manaus foi a cidade que mais apresentou crescimento nominal no preço dos imóveis, 3,61%. A inflação no mesmo período, segundo o último Boletim Focus do Banco Central, divulgado no último dia 3, foi de 4,13%.
O Rio de Janeiro, por exemplo, teve queda nominal de 2,25% no preço dos imóveis no ano passado.
Ele acredita que, para que esse crescimento se concretize, é necessário que o governo federal mantenha a agenda de reformas previstas para o próximo ano como a tributária e a administrativa. Além disso, a redução do desemprego é fundamental. "Em períodos de crise, as pessoas ficam com medo de ser demitidas e não se comprometem com a compra de um imóvel. Hoje esse medo de demissão não existe tanto. Os trabalhadores estão mais confiantes e planejam fazer investimento de longo prazo. "
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