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Prefeitura exige que Caixa prove que residencial em Vila Velha é seguro

Prefeitura exige que Caixa prove que residencial em Vila Velha é seguro

Moradores de condomínio do Minha Casa Minha Vida foram autorizados a retornar a apartamentos no domingo (14), mas eles voltaram a relatar estrondos e o prédio foi interditado novamente

Publicado em 15 de fevereiro de 2021 às 17:43- Atualizado há 4 anos

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Residencial Vila Velha, em Jabaeté, teve prédio interditado pelas autoridades. Condomínio do Minha Casa Minha Vida apresenta outras falhas na estrutura
Residencial Vila Velha, em Jabaeté, teve prédio interditado pelas autoridades. (Ricardo Medeiros)

A Defesa Civil de Vila Velha exige que a Caixa Econômica Federal apresente provas de que o condomínio Residencial Vila Velha, em Jabaeté, está seguro para que os moradores voltem para os apartamentos.

O local precisou ser evacuado na noite da última quinta-feira (11), após condôminos ouvirem um barulho muito alto vindo da estrutura da construção. Neste domingo (14), eles foram autorizados a retornar para casa, mas relataram ter ouvido mais estrondos, além de identificarem novas rachaduras na estrutura.

De acordo com nota divulgada pela prefeitura do município, a Defesa Civil municipal emitiu um laudo e notificou o condomínio e a Caixa, interditando novamente o edifício. A interdição vale até que a Caixa “apresente análise de patologias e diagnóstico estrutural da edificação, comprovando a segurança do prédio”.

Ainda segundo a prefeitura, a interdição ocorreu por volta das 13 horas desta segunda-feira (15), logo depois de nova visita ao local, na presença de engenheiros da Caixa, Crea-ES e Defesa Civil estadual.

O QUE DIZ A CAIXA

A Caixa afirmou que está tomando providências para acomodação das famílias. “O banco esclarece que também está adotando as medidas sugeridas pela Defesa Civil para atestar as condições de segurança do local”, complementa, em nota.

A síndica do condomínio Mirian de Freitas informou que representantes da Caixa levaram os moradores novamente para um hotel.

Uma equipe do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado do Espírito Santo (Crea-ES) acompanha de perto a situação do empreendimento desde a última sexta-feira (12). A orientação do órgão é de que o residencial não deve ser ocupado pelos próximos 7 a 15 dias.

Segundo o gerente de relacionamento institucional do órgão, o engenheiro civil Giuliano Battisti, o posicionamento do conselho é de que os moradores somente devem retornar para os apartamentos após o laudo de perícia técnica da Caixa demonstrar o que está acontecendo na construção, quais as causas e a solução para o problema.

O Crea havia dado um prazo de 72 horas para a liberação do empreendimento.

“Conversamos com os moradores, que nos relataram uma série de problemas em toda a estrutura do prédio, inclusive na parte de saneamento. É necessária uma perícia para apontar o que está ocorrendo. Vamos acompanhar e fiscalizar este caso para zelar pela segurança dos moradores”, diz Battisti.

MEDO DE DESABAMENTO

Na noite da última quinta-feira (11), moradores de 16 apartamentos do Residencial Vila Velha tiveram que deixar seus lares por medo de que a estrutura desabasse. Na ocasião, a síndica Mirian de Freitas informou que foram constatadas rachaduras em, pelo menos, três apartamentos do condomínio do programa Minha Casa Minha Vida.

O prédio foi entregue há aproximadamente quatro anos e, desde então, pelo menos 250 moradores ingressaram com ações individuais contra a Caixa por falhas estruturais.

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