A Petrobras vai investir R$ 22 bilhões no Espírito Santo nos próximos quatro anos nas atividades de exploração e produção de petróleo e gás. Os investimentos incluem o início da operação do navio-plataforma Maria Quitéria, previsto para iniciar a retirada do primeiro óleo em 2025.
A lista de projetos para o Estado ainda abrange recursos para o prédio da companhia em Vitória, o Edivit, que vai integrar o plano de fortalecimentos das sedes regionais da estatal.
O anúncio das propostas para território capixaba foi feito pelo presidente da empresa, Jean Paul Prates, durante entrevista exclusiva para A Gazeta nesta segunda-feira (18). Ele está no Estado para comemorar os 15 anos de exploração do pré-sal, que começou em solo capixaba.
“A extração do primeiro óleo foi no Espírito Santo, o que traz o Estado para frente na visão do investidor. O efeito prático dessa atividade é que passou a gerar empregos, a criar expectativa de formação técnica, além de ser uma inspiração para jovens de outras localidades querem vir trabalhar aqui”, comenta.
Prates ressalta que a plataforma Maria Quitéria vai ser elétrica, primeira da companhia nesse modelo, o que vai levar o petróleo produzido pela Petrobras a outro patamar, com mais valor agregado.
O navio-plataforma será do tipo FPSO (sistema flutuante de produção, armazenamento e transferência de petróleo) e vai operar no pré-sal do campo Jubarte, que faz parte da Bacia de Campos, com capacidade de produção de 100 mil barris de petróleo por dia.
O sistema vai resultar em uma menor emissão de gases de efeito estufa. A expectativa é que, durante o ciclo de produção e a utilização da tecnologia, deixem de ser emitidos mais de 5 milhões de toneladas de gás carbônico.
Durante a passagem pelo Estado, Jean Paul Prates aproveitou para descartar a possibilidade de a Petrobras abrir mão de sua sede capixaba, que funciona na Reta da Penha, em Vitória. O local conta com o trabalho de 10 mil profissionais, dos quais sete mil atuam embarcados.
“Esta é uma sede extremamente confortável e moderna e que a Petrobras não pode abrir mão de jeito nenhum, como pensou em fazer. Houve períodos em que havia planos de alienar essa sede, justamente por achar que não era mais necessária”, ressalta.
Prates lembra que a sede do Estado administra a revitalização de alguns campos de petróleo, como o de Albacora. Ele salienta que nesse “revit”, como chama, de campos tradicionais da Bacia de Campos, há a substituição de plataformas antigas por outras mais novas e mais eficientes.
“Na verdade, a modernização da estrutura, aplicada à tecnologia, permite que aquele campo volte a produzir um pouco do que já produziu no auge. A revitalização dessas unidades são importantes porque o mundo nos exige cada vez mais um petróleo menos carbonizado”, observa.
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