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Produção da indústria do ES cresce 4,6%, mas ainda é afetada pela crise

Produção da indústria do ES cresce 4,6%, mas ainda é afetada pela crise

Desempenho mensal foi o segundo melhor entre os Estados pesquisados pelo IBGE; no país, indústria recuou 0,7% do ano

Publicado em 8 de abril de 2021 às 10:13- Atualizado há 4 anos

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Rochas ornamentais: Portocel quer buscar parcerias com o setor para movimentar mármore e granito
Indústria de rochas: produção de minerais não metálicos avançou 17,9% em fevereiro . (Grupo Andrade/Divulgação)

A produção industrial do Espírito Santo voltou a ter resultado positivo no mês de fevereiro, avançando 4,6%, após o tombo de mais de 10% em janeiro. Foi o segundo melhor desempenho mensal no país, que teve retração média de 0,7%.

É o quinto melhor resultado para um mês de fevereiro desde o início da série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2002, e o terceiro melhor resultado desde o início da pandemia do novo coronavírus, empatado com o desempenho mensal de setembro (4,6%).

Apesar disso, o resultado é negativo em outras bases de comparação. Em fevereiro do ano passado, no período pré-crise, por exemplo, o avanço havia sido de 7,2%  - até então, o melhor resultado desde fevereiro de 2016.

O recuo em relação a fevereiro de 2020 foi de 10,1%, segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física (PIM-PF) Regional divulgados pelo IBGE na manhã desta quinta-feira (8).

O resultado fraco das indústrias capixabas em comparação com o mesmo período do ano passado está principalmente ligado ao desempenho das indústrias extrativas, cujas atividades apresentaram retração de 31,2%. O desempenho é um reflexo da queda na produção de pelotas de minério de ferro que está em patamar abaixo do observado em anos anteriores, e também da extração de petróleo e gás, que está menor por conta da crise.

O indicador também é puxado para baixo pela fabricação de produtos alimentícios, que recuou 26,6% na comparação com fevereiro do ano passado.

Por outro lado, houve avanço nos demais segmentos. O setor de celulose, que tem registrado melhora consistente ao longo dos meses, cresceu 69,2% em relação ao segundo mês do ano passado.

A fabricação de minerais não-metálicos também acompanhou o movimento de crescimento, com avanço de 17,9%. Já a produção das indústrias de transformação aumentou em 2%.

As atividades do setor metalúrgico ficaram praticamente estáveis naquele mês, mas também tiveram variação positiva, de 0,5%.

No resultado acumulado no ano, a retração média foi de 9,3%, em comparação ao mesmo período de 2020. Já no acumulado em 12 meses, a produção industrial do Espírito Santo recuou 14,1%, também sob efeito da pandemia do novo coronavírus - o pior resultado entre os 15 Estados pesquisados pelo IBGE.

RESULTADO NO PAÍS

Após nove meses de crescimento, a produção industrial do país recuou 0,7% em fevereiro, na comparação com o mês anterior. Naquele mês, dez dos 15 locais pesquisados pelo IBGE tiveram queda na produção industrial.

O desempenho fraco, segundo Bernardo Almeida, gerente da pesquisa, deve-se em grande parte às reduções na produção da indústria alimentícia e na de derivados de petróleo em São Paulo, e na diminuição das atividades extrativas no Pará.

As retrações mais acentuadas ocorreram no Ceará (-7,7%), Pará (-7,4%) e Bahia (-5,8%), enquanto os maiores avanços foram no Mato Grosso (7,3%) e Espírito Santo (4,6%).

Na comparação com fevereiro de 2020, a indústria nacional cresceu 0,4%. Já no acumulado em 12 meses, recuou 4,2%.

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