> >
Produção de dutos que será extinta pela TechnipFMC ocorria há 34 anos no ES

Produção de dutos que será extinta pela TechnipFMC ocorria há 34 anos no ES

Empresa está instalada no Porto de Vitória desde 1985 e inaugurou em 1986 na Capital capixaba a primeira fábrica do ramo focada em dutos flexíveis no país

Publicado em 5 de agosto de 2020 às 16:07

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
Data: 03/12/2008 - ES - Vitória - Cabos em carretéis, na área de estocagem no Porto de Vitória,  produzidos pela empresa Flexibrás - Editoria: Economia - Foto: Gildo Loyola - Jornal A Gazeta
Dutos flexíveis da Flexibras, empresa do grupo Technip, no Espírito Santo. (Gildo Loyola )

Quem passa pelo Porto de Vitória, na Capital, vê estruturas gigantes, que parecem carretéis de linhas. Ali estão enrolados os dutos flexíveis, espécie de mangueiras usadas pelo setor de petróleo e gás. As peças são fabricadas há 34 anos pela Flexibras, empresa do grupo franco-americano Technip FMC, que anunciou nesta quarta-feira (5) que vai encerrar a produção desses itens no Estado. A desmobilização ocorre até dezembro deste ano.

A multinacional se instalou no Estado em 1985 e começou a fabricação das peças em 1986. Foi a primeira planta industrial do país a fazer esse tipo de produto. Segundo a companhia, em informação divulgada com exclusividade pela colunista de Economia de A Gazeta, Beatriz Seixas, a fabricação será feita na unidade no Açu, em São João da Barra, no Rio de Janeiro. 

Atuação da Technip
Planta Flexibras, no ES, produz dutos flexíveis que são usados na comunicação do navio-plataforma com o poço de petróleo. (Technip/Divulgação)

A empresa ficou conhecida no Brasil pelo pioneirismo no desenvolvimento de tecnologia subsea, sendo líder no mercado mundial nesse segmento. No Espírito Santo, além da fábrica de dutos, a companhia conta com uma base logística, em Vitória, além de um Centro de Testes (Centro Tecnológico Flexibras), em Viana.

Os dutos fabricados no Estado são colocados em navios que vão para os campos de petróleo e lá vão atuar na instalação dos tubos a estruturas submarinas, que fazem a comunicação do navio-plataforma com o poço e que oferecem também estrutura elétrica para a atividade de produção de petróleo. 

A Technip, multinacional franco-americana, está instalada na área da Codesa desde 1985 (Gildo Loyola )

Em nota, a empresa disse que as demais atividades no Espírito Santo, conforme a organização, permanecem inalteradas e qualquer nova decisão será comunicada posteriormente. 

A empresa alegou que a decisão foi tomada por conta da queda nas atividades do mercado devido à pandemia da Covid-19 e a redução na demanda por petróleo e gás, resultando mudanças organizacionais.

A Flexibras ocupa uma área de quase 90 mil m² no Porto de Vitória e tem mais de mil empregados diretos. Representa 15% da receita da Companhia Docas do Espírito Santo, a Codesa.

DISPUTA JUDICIAL

Desde 1985 instalada em área do Porto de Vitória, a multinacional TechnipFMC teve o seu contrato de uso do espaço com a Codesa vencido em 26 de janeiro. Mas a empresa franco-americana, que é fornecedora de bens e serviços para a cadeia de petróleo e gás, conseguiu na Justiça uma decisão provisória autorizando que ela continue no local.

Uma liminar autorizou a permanecer na área portuária até que a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) pudesse dar o aval sobre um contrato de transição.

Este vídeo pode te interessar

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais