A produção industrial do Espírito Santo, que ensaiou uma reação à crise em dezembro, voltou a ter resultado negativo no mês de janeiro, com retração de 13,4%. Foi o pior desempenho mensal no país, que teve a média de crescimento de 0,4%.
O resultado da indústria capixaba é o pior para um janeiro desde o início da série histórica, iniciada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2002, e o pior resultado para um mês desde abril de 2020, no auge da pandemia, quando produção despencou 19,7%.
Na comparação com janeiro do ano passado, o recuo foi de 11,5%, segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física (PIM-PF) Regional divulgados pelo IBGE na manhã desta quarta-feira (10).
O resultado fraco em comparação com o mesmo período de 2020 é puxado, principalmente, pelo desempenho do setor metalúrgico, cujas atividades diminuíram 39,2%. O indicador também é puxado para baixo pela fabricação de produtos alimentícios, que recuou 23,1% na comparação com janeiro do ano passado.
As atividades das indústrias extrativas apresentaram retração de 14,2%, um reflexo da queda na produção de pelotas de minério de ferro que está em patamar abaixo do observado em anos anteriores, e também da extração de petróleo e gás, que está menor por conta da crise. Já a produção das indústrias de transformação recuou 9,8%.
O resultado geral do indicador só não foi pior por causa do setor de celulose, que tem registrado crescimento consistente ao longo dos meses. Em janeiro, o crescimento foi de 58% em relação ao primeiro mês do ano passado.
A fabricação de minerais não-metálicos também acompanhou o movimento de crescimento, com avanço de 22,8%.
No acumulado em 12 meses, a produção industrial do Espírito Santo recuou 13,2%, sob efeito da pandemia do novo coronavírus - também o pior resultado entre os 15 Estados pesquisados pelo IBGE.
A produção industrial do país avançou 0,4% em janeiro, na comparação com o mês anterior, refletindo a ampliação do movimento de retorno à produção de unidades produtivas, após a adoção de medidas de combate à pandemia da Covid-19.
Sete dos 15 locais pesquisados pelo IBGE tiveram aumento na produção industrial de dezembro para janeiro, na série com ajuste sazonal. As expansões mais acentuadas foram no Pará (4,4%) e no Pernambuco (3,6%), enquanto os recuos mais intensos foram no Espírito Santo (-13,4%) e no Amazonas (-11,8%).
Na comparação com janeiro de 2020, avançou 2%. Já no acumulado em 12 meses, recuou 4,3%.
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