O Terminal Portuário de Vila Velha (TVV), no Espírito Santo, está em conversa com o Ministério da Infraestrutura (Minfra) para prorrogar o seu contrato. Caso isso se concretize, há a previsão de que sejam investidos R$ 80 milhões na planta, que fica no Porto de Vitória. A informação é do secretário Nacional de Portos e Transportes Aquaviários do Ministério da Infraestrutura, Diogo Piloni.
O contrato de concessão da Log-in, administradora do terminal, com a Codesa é de 25 anos, terminando em 2023. Porém, ele pode ser renovado por mais 25 anos.
"Estamos com a perspectiva de assinatura de uma prorrogação do contrato do TVV, que é hoje um verdadeiro HUB de cabotagem em Vila Velha, com investimentos propostos de mais de R$ 80 milhões. É uma empresa que opera muito eficientemente e de forma adequada, atendendo muito bem. A ideia é que façamos essa prorrogação em um curtíssimo prazo", afirmou o secretário.
O representante do Ministério da Infraestrutura participou, no início da tarde desta quarta-feira (19), de uma live com o deputado federal Evair de Melo (PP), vice-líder do governo na Câmara. Na ocasião, ele falou sobre o projeto de lei para incentivar a cabotagem no país, o BR do Mar.
O TVV opera embarque e descarga de navios, serviços de movimentação e armazenagem de contêineres, carga geral, rochas e cargas de projeto, com estrutura, tecnologia e expertise para operar diversos tipos de carga. Ele é o único a movimentar contêineres no Espírito Santo.
Piloni ainda explicou que a ideia é que o concessionário assuma a Companhia de Docas do Espírito Santo (Codesa) com o contrato do TVV bem firmado e com perspectivas de investimentos. "Tenho certeza de que isso vai gerar um incentivo para captar interessados em um processo de desestatização. Mas, sem dúvida alguma, casos como estes que tivemos da indústria [TechnipFMC, que irá encerrar a fabricação de dutos flexíveis no Porto de Vitória] vão se tornar raros ou inexistentes no modelo de gestão mais eficiente que se busca com a desestatização", afirmou.
O leilão da Codesa estava previsto para acontecer no primeiro semestre de 2021, tendo início em outubro deste ano. Mas, de acordo com o novo cronograma do Ministério da Economia, a desestatização deve ocorrer no segundo trimestre de 2021.
O estudo sobre o formato para as vendas ou concessões desses ativos deve ser concluído no segundo semestre deste ano. A previsão é que uma consulta pública também seja aberta em outubro deste ano pelo Minfra, para permitir que o leilão já ocorra na sequência.
A reportagem demandou a assessoria do TVV com relação ao valor de investimento e ao período. Até a publicação desta matéria, não obteve retorno. Assim que houver uma resposta, esse conteúdo será atualizado.
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