A manifestação dos caminhoneiros iniciada em 7 de Setembro, Dia da Independência, foi encerrada na manhã desta quinta-feira (9) nas rodovias federais que cortam o Espírito Santo. A informação foi confirmada pela Eco 101, concessionária que administra a via, e pela Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Em publicação no Twitter, a Eco 101 informou por volta das 11h11 que todo o movimento havia acabado.
A PRF também confirmou que todos pontos foram liberados e que não havia nenhuma concentração ou interdição nas estradas federais.
Depois de alguns trechos apresentaram obstrução na última quarta-feira, os manifestantes começaram a permitir a passagem pelas vias, principalmente de carros de passeio ou de caminhões que transportavam cargas vivas ou alimentos perecíveis. A reportagem retornou a alguns pontos na manhã desta quinta-feira (9) e constatou que alguns motoristas que não quiseram aderir ao movimento foram liberados para seguir viagem.
Em Cachoeiro do Itapemirim, no Sul do Espírito Santo, no km 414 da BR 101, na região da Safra, próximo a um posto da PRF, os manifestantes tentaram bloquear a via com cones por volta das 8h da manhã. Os policiais rodoviários impediram a ação. De acordo com informações da TV Gazeta Sul, que esteve no local, os caminhoneiros que não quiseram aderir à manifestação foram liberados, e os que estão chegando na via não estão sendo impedidos de seguir viagem. Não há mais engarrafamento.
No município de Linhares, no Norte capixaba, no km 137 da BR 101, o trânsito fluía normalmente para carros de passeio, caminhões com cargas perecíveis, animais vivos ou com combustível. Na tarde de ontem, uma equipe da TV Gazeta Norte flagrou um motorista entregando os documentos aos manifestantes e sendo obrigado a parar.
Em Viana, na Região Metropolitana de Vitória, no km 306 da BR 101, os caminhoneiros também puderam seguir viagem e foram liberados. Já no km da BR 262, no mesmo município, por volta das 8 horas da manhã, a reportagem de A Gazeta constatou um número menor de caminhões parados e outros caminhoneiros seguindo viagem normalmente pela via.
Ao passo que motoristas correram aos postos da Grande Vitória na manhã desta quinta (9), sob o temor de falta de combustíveis, como já vinha acontecendo em alguns municípios do interior, supermercados não chegaram a ser afetados pelas paralisações, conforme destacou o presidente da Associação Capixaba de Supermercados (Acaps), Fábio Dalvi.
Dalvi esclareceu que os supermercados seguem abastecidos e que não há qualquer necessidade de correr aos estabelecimentos para estocar alimentos.
A Associação dos Avicultores do Estado do Espírito Santo (AVES) e da Associação de Suinocultores do Espírito Santo (ASES) esclareceu que o setor está atento à situação, mas verificou-se que a orientação de deixar cargas como insumos, rações, produtos perecíveis, cargas vivas e carnes refrigeradas vinha sendo seguida sem nenhum transtorno e contando com o bom senso dos manifestantes.
"As autoridades, como a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Polícia Militar (PM), também estão dando todo o suporte e orientação nestes locais e não identificamos maiores dificuldades que tenham comprometido as cargas."
As entidades informaram ainda que não houve informação por parte de seus associados no sentido de falta de matérias-primas para produção de ração.
"Também não recebemos informações no sentido de que os produtos que estejam retidos nas granjas ou nas indústrias produtoras de ovos e carnes", e reforçaram que apesar das viagens estarem apresentando uma lentidão nos pontos onde as manifestações estavam ocorrendo, os veículos estavam conseguindo trafegar até os seus locais de destino.
A Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp) informou por meio de nota que os setores de inteligência acompanharam as manifestações desde o seu início, em parceria com as forças de segurança federais, com objetivo de evitar qualquer tipo prejuízo à população do Espírito Santo.
Na manhã desta quinta, a Polícia Militar prestou apoio à PRF nos pontos de rodovias federais, durante negociações com os caminhoneiros. Nenhuma intercorrência foi registrada e quem gostaria de seguir viagem foi liberado pelos manifestantes. A PMES também acompanhou as concentrações nos pontos das rodovias estaduais e não houve relatos de impedimento de circulação ou bloqueio de vias.
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