Os hotéis e pousadas do Espírito Santo só poderão funcionar com 50% da capacidade a partir da próxima quinta-feira (18). Por determinação do governo estadual, esses estabelecimentos foram incluídos na lista de atividades essenciais, porém terão que manter a lotação pela metade pelo menos até o dia 31 de março.
Aqueles estabelecimentos que atualmente se encontram com taxa de ocupação maior, não poderão receber novos hóspedes até que tenham se enquadrado nas novas normas.
Essa é uma das medidas anunciadas na tarde desta terça-feira (16) pelo governador Renato Casagrande, com o objetivo de restringir a circulação do vírus e tentar impedir o colapso do sistema de saúde. A ocupação dos leitos de UTI no Estado já ultrapassou os 91%, o que colocou todos os municípios em classificação de “risco extremo”.
O setor hoteleiro do Espírito Santo já vive uma crise histórica por causa da pandemia do coronavírus e registrou em janeiro de 2021 a menor ocupação dos últimos 10 anos. Depois de um ano com péssimo desempenho no setor, um levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis no Espírito Santo (ABIH-ES), a pedido de A Gazeta, mostrou que as reservas em hotéis do Estado caíram 32% na comparação como verão anterior.
Dessa vez, os setores mais afetados pelas novas regras são os de comércio e serviços que, com exceção daqueles considerados essenciais, terão que manter as portas fechadas por 14 dias.
Segundo o governador, o objetivo das medidas é tentar reduzir a circulação de pessoas, diminuindo, assim, a transmissão do novo coronavírus. Ele citou que o momento atual é de “guerra” e, por isso, é necessário um sacrifício por parte da sociedade.
“Estamos enfrentando um ambiente de guerra, uma guerra mundial contra o coronavírus. Esse é o pior momento da pandemia até agora, pelo número de óbitos, de Estados que entraram em colapso. Aqui no Espírito Santo, conseguimos segurar até certo ponto, mas agora estamos numa situação de aumento de óbitos”, disse.
Além do setor da hotelaria, as atividades da indústria, do agronegócio e da construção civil também foram consideradas essenciais.
Segundo o governo do Estado, todos os estabelecimentos de comércio e serviços que não forem considerados essenciais não poderão abrir as portas durante o período de quarentena. Será permitido que sejam feitos trabalhos internos, mas não está autorizado o acesso ao público, mesmo com hora marcada.
Bares e restaurantes podem funcionar apenas através de delivery. Não será autorizada a modalidade drive thru ou take away, nem atendimento presencial.
Nos domingos e feriados, a restrição é ainda mais intensa e afeta inclusive algumas das atividades consideradas essenciais. Em regra, nenhum deles poderão abrir as portas nesses dias, com exceção de farmácias, postos de combustíveis, serviços de assistência a saúde, serviço funerário e transporte público e de passageiros.
Logo, estabelecimentos como padarias e supermercados não poderão abrir aos domingos e feriados. Veja abaixo detalhes sobre o que pode ou não funcionar no Estado durante a quarentena:
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