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Quarentena no ES: Lojas fecham às pressas após chegada de fiscalização

Quarentena no ES: Lojas fecham às pressas após chegada de fiscalização

Diversos estabelecimentos comerciais foram abordados nesta sexta-feira (19) por agentes da Guarda Municipal de Vila Velha, do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar

Publicado em 19 de março de 2021 às 14:57- Atualizado há 4 anos

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Força-tarefa fiscaliza cumprimento do decreto estadual no Polo de Moda da Glória
Fiscais atuam no Polo de Moda da Glória, em Vila Velha. (Fernando Madeira)

No segundo dia de cumprimento da nova quarentena de 14 dias, alguns comerciantes que trabalham no Polo de Moda da Glória, em Vila Velha, decidiram manter o atender ao público nesta sexta-feira (19), mas fecharam as portas às pressas após a chegada da fiscalização.

O trabalho foi realizado por uma equipe de fiscais da Prefeitura de Vila Velha, agentes da Guarda Municipal, do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar. A ação visa ao cumprimento do decreto estadual que prevê restrições a todos os segmentos do comércio e serviços.

As autoridades chegaram na região por volta das 10. Ao avistarem o comboio formado por veículos da prefeitura e viaturas da PM, Guarda Municipal e Corpo de Bombeiros, comerciantes das Avenidas Aurora e Jerônimo Monteiro e da Rua Dr. Moacir Veloso fecharam as portas. Lojas que comercializam roupas, calçados e bijuterias foram notificadas e orientadas a encerrar as atividades.

Para conter o avanço da pandemia do novo coronavírus, desde a última quinta-feira (18) até o dia 31 de março, lojas de rua e shopping centers não poderão abrir as portas nem salões de beleza ou academias. Restaurantes e bares só poderão funcionar por meio de delivery, sem atendimento presencial.

Podem funcionar estabelecimentos considerados essenciais como supermercados, postos de gasolina, farmácias, padarias, lojas de material de construção e oficinas mecânicas, além do setor industrial, do agronegócio e a construção civil.

Força-tarefa fiscaliza cumprimento do decreto estadual no Polo de Moda da Glória
O trabalho envolveu agentes da Prefeitura de Vila Velha e do governo do ES. (Fernando Madeira)

INÍCIO DAS ABORDAGENS

O secretário de Defesa Social e Trânsito de Vila Velha, Geovanio Ribeiro, explicou que o trabalho de fiscalização foi iniciado na terça-feira (16). Nas barreiras sanitárias, duas mil pessoas foram abordadas.

Já no comércio, mil estabelecimentos foram orientados sobre as diretrizes que devem ser seguidas nas próximas duas semanas. Até o momento, sete bares e restaurantes foram notificados e tiveram de encerrar as atividades. Nenhuma multa foi aplicada.

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Ontem (quinta) à noite sete estabelcimentos foram notificados. Vários fecharam de forma voluntária. Encontramos 95% dos estabelecimentos cumprindo aquilo que estava acordado. Esperamos contar com a colaboração da população. Se formos disciplinados, sairemos rapidamente dessa situação

Geovanio Ribeiro
Secretário de Defesa Social e Trânsito
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De acordo com Geovanio, durante o fim de semana a força-tarefa vai trabalhar, também, para orientar o público que frequentar a orla e coibir a realização de eventos clandestinos. As equipes vão atuar a partir de denúncias e o monitoramento das redes sociais

"Teremos algumas ações na nossa orla, buscando orientar quem está na praia. O final de semana será de muito trabalho dos fiscais de postura, impedir som alto e coibir com toda força os eventos ilegais que insistem em funcionar nesse período", enfatiza.

O secretário de Estado da Segurança Pública, Alexandre Ramalho, esteve na sede da Guarda Municipal de Vila Velha, em Novo México, na manhã desta sexta-feira. Ele disse que as ações integradas acontecem em todos os municípios da Grande Vitória.

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O objetivo é olhar estabelecimentos que não podem funcionar no sentido de sempre orientar as pessoas, entendendo a dificuldade do momento, mas fazendo-as compreender também o quão o momento é difícil para questão dos leitos de hospital. Queremos evitar a maior circulação do vírus

Alexandre Ramalho
Secretário de Defesa Social
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COMERCIANTES RECLAMAM 

Gilmar Pereira de Jesus é o gerente de uma loja de calçados. Ele estava em frente ao imóvel onde trabalha, com as portas fechadas, quando os fiscais chegaram ao local. Ele disse que está cumprindo o decreto, mas ressaltou que não concorda com as regras.

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A situação da saúde está difícil, mas tem que ver a dificuldade do comerciante também. Tem gente morrendo de fome. Acho que as lojas tem de voltar a funcionar em dias pares e ímpares. Não dá para pagar R$ 19 mil de alugar para manter loja fechada por 15 dias. E ainda temos nove funcionários

Gilmar Pereira de Jesus
Gerente de loja
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Gerente de loja, Gilmar Pereira de Jesus. (Isaac Ribeiro)

O comerciante Tiago Alves Freitas, 37 anos, é dono de uma loja que vende aparelhos e suprimentos para celular. Ele disse que, por causa da quarentena, teve que demitir dois funcionários. Assim como Gilmar, ele defende a reabertura do comércio sem as restrições de funcionamento.

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