Ninguém quer perder dinheiro, certo? Com as sucessivas quedas na taxa básica de juros, a Selic, deixar na poupança é cada vez mais um mau negócio. Mas como fazer para garantir que o seu patrimônio renda o máximo possível se não possui uma grande soma para investir? É possível aplicar a partir de R$ 100, por exemplo, em títulos públicos ou até mesmo em ações sem pagar taxas.
O tipo da aplicação e de quanto em quanto tempo você vai colocar dinheiro no investimento dependerá da sua capacidade de poupar e também das suas finanças pessoais. A ideia do investimento que seu dinheiro que está sobrando, por menos que seja, renda durante o período em que ficar parado.
Para muitas pessoas, R$ 100 pode até parecer pouco, mas para um trabalhador que recebe um salário mínimo (R$ 1.039) mensalmente o valor representa 9,6% da sua renda bruta. Por isso, antes de dar qualquer passo é preciso pensar em qual a sua realidade financeira.
Ter filhos, ser solteiro, morar de aluguel, ser estagiário ou ter um emprego estável são alguns dos pontos que fazem diferença na hora de guardar o dinheiro. Além disso, cada perfil desses têm um modo de investir diferente. Para alguns, é possível realizar aportes mensais, já outros poderão apenas separar o dinheiro a cada dois ou seis meses.
É importante lembrar que quanto maior o montante disponível, mais opções de investimentos você terá. Isso porque é muito comum os fundos de investimento terem valor de entrada mínima, mas com aportes mensais de menor quantia. Então, você pode começar a guardar R$ 50 ou R$ 100 por mês na poupança até chegar a R$ 500 ou R$ 1 mil, por exemplo, para ter mais opções de investimento.
Já pensando em pessoas que tenham volume mais baixo disponível, acabam sobrando basicamente cinco alternativas: poupança, Tesouro Selic, investimento direto na bolsa, ETFs (que tentam replicar índices, como o Ibovespa) e fundo de ações. O ideal é diversificar a sua carteira, mas para isso é preciso acumular um pouco mais de dinheiro, comenta o especialista em finanças e sócio da Alphamar Investimento Fernando Galdi.
Com R$ 100, é possível investir em títulos públicos por meio do Tesouro Direto. Na última quinta-feira (09), havia pelo menos oito opções com aplicação mínima abaixo de R$ 50 e uma acima desse valor. Outras opções são a compra de ações do mercado fracionário ao invés de lote, Certificados de Depósito Bancário (CDBs), Fundos de Investimentos e Fundos de Previdência.
Outra boa notícia para quem quer investir foi o anúncio que a B3, a bolsa de valores oficial do Brasil, realizou no início deste ano. Ela zerou as taxas de manutenção de conta (que eram de cerca de R$ 110 por ano) e a reduziu à tarifa de negociação de ações em cerca de 10% para pessoas físicas em geral.
Quem pretende investir precisa ficar atento aos custos das operações cobradas pelas instituições que vão gerir o seu dinheiro, já que para negociar títulos do governo ou ações na bolsa é preciso ter uma conta em uma corretora, ou banco.
Outro ponto importante é a cobrança pela transferência. Algumas instituições financeiras cobram pelo TED ou DOC que você faz. Se você estiver em um banco que cobre R$ 10 por TED, por exemplo, você já perdeu 10% do valor do seu investimento. Por isso, ter um banco que não realize cobrança por transferência vale muito a pena, aponta o sócio da Valor Investimentos Luiz Alberto Caser.
Mesmo investindo, é importante ter uma reserva de emergência, deve ter um saldo de três a seis vezes o valor do custo mensal da pessoa.
A reserva de emergência por si só já é um investimento se o dinheiro não estiver na poupança. O mais recomendado é deixar o dinheiro à mão, mas se você tem um emprego estável ou não tem muitas despesas mensais altas, como aluguel, por exemplo, pode colocar parte do dinheiro na bolsa de valores, investimento mais arriscado.
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