O Grupo Coutinho — dono das marcas Extrabom, Extraplus e Atacado Vem — vai abrir mais de mil vagas de emprego para os inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) do governo federal. A expectativa é de que as oportunidades sejam oferecidas até junho de 2024.
As contratações fazem parte de um protocolo de intenções, assinado nesta sexta-feira (6), para reduzir barreiras de intermediação de mão de obra proposta pela União. O objetivo é reforçar a cooperação e a promoção da inclusão socioeconômica, com a inserção dos beneficiários no mercado de trabalho. A ideia do governo federal é incentivar empresas a contratarem pessoas beneficiárias inscritas no CadÚnico e atendidas por programas sociais, como o Bolsa Família.
A Rede Extrabom já contratou cerca de 500 pessoas oriundas do CadÚnico nos últimos meses. Com o protocolo de intenções, novas oportunidades poderão surgir. O presidente do complexo empresarial, Luiz Coutinho, lembra que as lojas abrem as portas para o primeiro emprego, além de qualificar os futuros colaboradores.
“Sempre buscamos contratar colaboradores das comunidades próximas aos estabelecimentos. Com o convênio firmado nesta sexta-feira, vamos ampliar a geração de empregos, oferecer oportunidades de qualificação e trabalho para aquelas pessoas que querem se desenvolver e criar independência financeira”, ressalta Coutinho.
O evento foi realizado na sede da empresa, na Serra, e contou com a participação do ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, do governador Renato Casagrande (PSB), e do secretário de Inclusão Socioeconômica, Luiz Carlos Everton, que assinaram o protocolo de intenções com Luiz Coutinho.
Dias reforça que, mesmo com a carteira assinada, o trabalhador vai continuar a receber o Bolsa Família se tiver renda per capita abaixo de R$ 218. Passando desse valor, a pessoa recebe metade do benefício, além do salário. Somente quando a renda familiar fica acima de R$ 600 por pessoa, é que sai do Bolsa Família, mas não deixa o CadÚnico.
Outra iniciativa destacada pelo ministro é o incentivo ao empreendedorismo.
O secretário Luiz Carlos Everton, do Ministério do Desenvolvimento, explica que o protocolo vai firmar parceria com as empresas e que essas organizações deverão se comprometer em disponibilizar 10% das vagas abertas para pessoas oriundas do CadÚnico.
O governo federal vai lançar uma plataforma em que os candidatos poderão conferir os postos de trabalho abertos. Ao fazer o cadastro, a empresa contratante recebe as informações e já pode iniciar o processo de contratação.
“A iniciativa visa promover qualificação e intermediação de mão de obra, além de incentivar o empreendedorismo. A ideia é reduzir o número de pessoas na linha de pobreza, proporcionando oportunidades. A meta é que um milhão de pessoas deixem de receber o Bolsa Família por estarem inseridas no mercado. Dessa forma, a economia será de R$ 8,4 bilhões, que poderão ser investidos em outras ações ”, ressalta Everton.
Um dos primeiros contratados por meio deste programa é o embalador Angelo Pereira, de 21 anos. Ele já tinha trabalhado em uma empresa que não tinha relação com o varejo. Na casa do jovem moram ele, a irmã e a mãe.
“É uma experiência nova e diferente. Estou muito animado e pretendo crescer dentro da empresa”, comemora.
Na manhã desta sexta-feira, o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, também participou do lançamento do Plano Brasil Sem Fome com assinatura do Termo de Adesão do Espírito Santo, em Pedra Azul, Domingo Martins.
À tarde, em Santa Teresa (ES), o ministro inaugura o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS). O local atende pessoas que vivenciam situações de violações de direitos ou de violências, como assédio, discriminação e outros abusos.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta