Moradores dos 16 apartamentos do bloco 13 do Residencial Vila Velha, em Jabaeté - interditado pela segunda vez na última segunda-feira (15) por risco de desabamento, - vão continuar hospedados em hotel e estão sem prazo para retorno ao lar.
O local precisou ser evacuado na noite da última quinta-feira (11) após condôminos ouvirem um barulho muito alto vindo da estrutura da construção. No domingo (14), foram autorizados a retornar para casa, mas relataram ter ouvido mais estrondos, além de identificarem novas rachaduras nas paredes do prédio.
De acordo com nota divulgada pela Prefeitura de Vila Velha, a Defesa Civil municipal emitiu um laudo e notificou o condomínio e a Caixa Econômica Federal, interditando novamente o edifício. A interdição vale até que a Caixa “apresente análise de patologias e diagnóstico estrutural da edificação, comprovando a segurança do prédio”.
Ainda segundo a prefeitura, a interdição ocorreu por volta das 13 horas desta segunda-feira (15), logo depois de uma nova visita ao local na presença de engenheiros da Caixa, Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-ES) e Defesa Civil estadual. “O único intuito é dar garantias da segurança aos moradores do edifício”, reforçou a nota.
Segundo o Crea-ES, há pouco que possa ser feito até que a Caixa libere o diagnóstico exigido pela Defesa Civil. Na sexta-feira (12), o presidente do órgão, Jorge Silva, declarou que haviam sido identificadas anomalias diversas no edifício, e que um acompanhamento era necessário.
"Constatamos algumas anomalias sérias, inclusive com problemas de recalque, fissuras. Identificamos ainda um desnível no primeiro andar do prédio", explicou na ocasião.
Questionada, a Caixa reforçou que, diante da nova interdição, e “visando assegurar a segurança e bem estar dos moradores”, tomou as providências para acomodação das famílias.”
O banco informou ainda que também está adotando as medidas sugeridas pela Defesa Civil para atestar as condições de segurança do local. Entretanto, não informou um prazo para que os trabalhos sejam concluídos.
O condomínio, que faz parte do programa Minha Casa Minha Vida, do governo federal, foi entregue há aproximadamente quatro anos e, desde então, pelo menos 250 moradores ingressaram na Justiça com ações individuais contra a Caixa por falhas estruturais.
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