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Saiba como usar o Pix para receber e pagar em segundos

Saiba como usar o Pix para receber e pagar em segundos

Novo sistema de pagamentos rápidos vai permitir transferências de várias formas e, a partir do ano que vem, até saque em lojas e supermercados

Publicado em 10 de outubro de 2020 às 18:54

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Pagamento por QR Code
Pagamento por QR Code será uma das possibilidades do Pix. (Pixabay)

Pix só vai começar a funcionar no dia 16 de novembro, mas já tem gerado muitas dúvidas. Com quase de 25 milhões de cadastros só nos primeiros cinco dias, a modalidade criada pelo Banco Central promete reduzir os custos das transações financeiras e tornar procedimentos financeiros muito mais práticos e rápidos. A Gazeta reuniu, abaixo, as principais novidades e funcionalidades da novidade.

O novo sistema de pagamentos, que será instantâneo e vai funcionar 24 horas por dia, será gratuito na maioria das vezes e deve aposentar as operações de TED e DOC - tradicionalmente feitas por agências bancárias ou internet. Com a nova ferramenta, em questão de segundos será possível fazer uma transferência ou compensar um boleto, por exemplo, mesmo que para outro banco até em finais de semana e feriado. 

Em sua essência, trata-se de um modelo é voltado para pagamentos digitais, usando smartphone, como transações via aplicativos e internet banking, mas as instituições financeiras terão autonomia para escolher oferecer o serviço também na boca do caixa e em terminais de autoatendimento (caixa eletrônico).

Para usar o Pix, o primeiro passo é ter conta em uma das 644 instituições financeiras autorizadas a operar o serviço pelo Banco Central. O cadastro da chave Pix, que é uma espécie de apelido da sua conta bancária, não é obrigatório, mas vai ajudar a dar agilidade aos pagamentos. Tire suas dúvidas sobre o cadastro aqui.

FAZER PAGAMENTO PELO PIX

Do ponto de vista dos usuários pagadores, o Banco Central promete que o pagamento instantâneo será tão fácil, simples, intuitivo e rápido quanto realizar um pagamento com dinheiro em espécie. Será possível fazer pagamentos por pelo menos três formas diferentes:

  1. Por meio da utilização de chaves (apelidos) para a identificação da conta. As chaves podem ser um número do telefone celular, o CPF, o CNPJ, um endereço de e-mail, ou ainda um EVP (sequência de 32 dígitos gerada pelo banco);
  2. Por meio de QR Code (estático ou dinâmico); 
  3. Por meio de tecnologias que permitam a troca de informações por aproximação, como a tecnologia near-field communication (NFC).

Tela do Pix no aplicativo do Banco do Brasil: pagamentos instantâneos. (Geraldo Campos Jr)

A utilização de chaves facilitará o processo de iniciação do pagamento comparativamente ao modelo existente hoje para a TED e para o DOC, em que é necessária a inserção de diversos dados do usuário recebedor, como o CPF ou o CNPJ, a identificação da instituição na qual o recebedor possui uma conta, o número da agência, o tipo da conta e o número da conta. Apenas com o número de celular, por exemplo, será possível fazer a transferência via Pix.

No caso da leitura de um QR Code, o Banco Central promete um padrão que permitirá que sua leitura seja realizada a partir de qualquer tipo de smartphone, inclusive os mais simples. Já o pagamento por aproximação (NFC) só deve ser liberado dentro do Pix em 2021.

Essas possibilidades valerão tanto para transferências entre pessoas e empresas como no pagamentos de boletos, contas, comércio eletrônico e em estabelecimentos físicos como lojas e supermercados. 

RECEBER PAGAMENTO PELO PIX

Já no caso de quem vai receber pagamentos e transferências pelo Pix, o Banco Central afirma que a nova modalidade, além do menor custo, permitirá a disponibilização imediata dos recursos, otimizando a gestão do fluxo de caixa de empreendedores, por exemplo, o que tenderá a reduzir sua necessidade de crédito. 

Hoje, companhias prestadoras de serviços, como concessionárias de energia e empresas de telefonia, demoram de dois a três dias para conseguir identificar o recebimento de pagamentos. Essa demora se reflete também no tempo para que uma linha que foi cortada por falta de pagamento seja religada pela empresa, por exemplo. 

Outra economia prometida é redução com custos de emissão de faturas, que serão digitais e poderão ser quitadas via Pix por chaves como o CNPJ da empresa ou ainda por QR Code.

Quem for optar por receber por QR Code terá duas opções disponíveis. Uma delas será estática, ou seja, será sempre o mesmo código para várias transações (como o QR Code já usado no PicPay) e será ideal para pequenos varejistas, prestadores de serviço e pessoas físicas. Esse modelo permitirá que seja definido um valor fixo para um produto ou que o valor será inserido por quem vai pagar.

Haverá ainda a possibilidade de gerar um QR Code dinâmico, com um código exclusivo para cada transação. Além do valor, ele permite a inserção de outras informações, como a identificação de quem é o recebedor. Ele é gerado pelo sistema.

O QUE AINDA VEM POR AÍ NO PIX

A partir do 2021, novas funcionalidades devem ser adicionadas ao Pix pelo Banco Central a cada ano fazendo com que deixe de ser um sistema apenas para realização de pagamentos. Uma das principais novidades, que deve chegar no segundo semestre do próximo ano, é a possibilidade de saque em estabelecimentos comerciais com o app.

Para isso, o consumidor vai informar ao caixa de um supermercado ou loja que quer fazer um saque com o Pix e dizer o valor. O atendente, então, vai escolher a opção na máquina de cartão, que exibirá um QR Code. Ao ler o código pelo seu aplicativo bancário, o cliente vai transferir o valor para o estabelecimento de forma instantânea e o atendente vai recolher o dinheiro em espécie no caixa e pagar ao consumidor. 

Veja outros projetos já divulgados que estão em fase de desenvolvimento para ser acoplados ao Pix:

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