A 'quarentena' de 14 dias anunciada na tarde desta terça-feira (16) pelo governador Renato Casagrande para combater o avanço do novo coronavírus vai atingir todos os segmentos de comércio e serviços do Espírito Santo. Lojas de rua e shopping centers não poderão abrir as portas nem salões de beleza ou academias. Restaurantes e bares só poderão funcionar por meio de delivery, sem atendimento presencial.
Terão autorização para manter as atividades os estabelecimentos considerados essenciais como supermercados, postos de gasolina, farmácias, padarias, lojas de material de construção e oficinas mecânicas, além do setor industrial, do agronegócio e a construção civil.
A redução das atividades econômicas também será acompanhada de medidas sociais para evitar a ampliação de infectados pela Covid-19 em um momento em que o Estado se prepara para ser alvo da terceira onda e que apresenta uma superlotação nos leitos de UTI para tratar os doentes: nesta semana o Estado ultrapassou 90% de ocupação. O período de restrição começa nesta quinta-feira (18) e vai até o dia 31 de março.
Para amenizar os efeitos para os negócios, principalmente para os pequenos, o Estado deve anunciar nesta quarta-feira soluções econômicas como ocorreu em março do ano passado, como linhas de crédito.
No caso de bares e restaurantes, será permitida apenas o funcionamento por meio de delivery. Não será autorizada a modalidade de drive thru ou take away.
Nos domingos e feriados, a restrição é ainda mais intensa e afeta inclusive alguns dos serviços e comércios considerados essenciais. Em regra, nenhum deles poderá abrir as portas nesses dias, com exceção de farmácias, postos de combustíveis, serviços de assistência a saúde, serviço funerário e transporte público e de passageiros.
Logo, estabelecimentos como padarias e supermercados não poderão abrir aos domingos e feriados. Já as lojas de conveniência dos postos de gasolina ficarão proibidas de funcionar durante todo o período de duração do decreto.
Os estabelecimentos de áreas consideradas não-essenciais poderão fazer trabalhos internos, que não envolvam interação com o público. Com isso, eles deverão manter as portas fechadas e não será possível atendimento nem com hora marcada.
Segundo o governador, o objetivo das medidas é tentar reduzir a circulação de pessoas, diminuindo, assim, a transmissão do novo coronavírus. Ele citou que o momento atual é de “guerra” e, por isso, é necessário um sacrifício por parte da sociedade.
Ele ressaltou que o Estado atingiu o gatilho de 90% de ocupação dos leitos, o que deixa todos os 78 municípios na classificação de “risco extremo”. Por isso, as regras apresentadas nesta terça-feira valem para todo o Estado, independente da classificação de risco em que o município se encontrava anteriormente.
Segundo a nova determinação do governo, a atividade industrial é considerada essencial e, portanto, continuará funcionando. O mesmo vale para o agronegócio e para a construção civil.
Já o setor de hotelaria, poderá atuar mantendo, no máximo, 50% da capacidade. Os estabelecimentos que têm ocupação maior do que essa, não poderá aceitar novos hóspedes até que a ocupação caia e alcance os 50%.
Também são consideradas atividades essenciais e, portanto, poderão funcionar: assistência social; serviços público considerados essenciais; atividades envolvendo produtos de higiene, saúde e alimentação (supermercados, mercados, padarias, lojas de produtos alimentícios); atividades de segurança pública e privada, atividade envolvendo instalação de equipamentos de infraestrutura. atividades envolvendo insumos necessários aos serviços essenciais, como lojas de insumos agrícolas e lojas de material de construção civil, comércio e serviços de cuidados animais, geração e transmissão de energia elétrica, cadeia do petróleo e distribuição de água.
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