Bairro que teve o maior crescimento em imóveis e moradores nos últimos anos em Vitória, Jardim Camburi deixou de ser o principal canteiro de obras da capital. É o que aponta o Censo Imobiliário do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Espírito Santo (Sinduscon-ES), divulgado nesta quinta-feira (29).
O levantamento que apresenta o total de unidades imobiliárias em produção (que inclui imóveis em lançamento até unidades concluídas) mostra que a região da Praia do Canto superou Jardim Camburi em número de novas unidades em empreendimentos. No segundo semestre de 2023, estavam em construção na região 1.359 unidades. Em Jardim Camburi, esse número ficou em 1.092. A região de Bento Ferreira e Monte Belo tem 250 unidades e em Jardim da Penha e Mata da Praia há 166.
A região da Praia do Canto vem crescendo em número de novas unidades nos últimos três anos, segundo dados do Sinduscon. Se enquadram nessa área empreendimentos nos bairros Praia do Canto, Enseada do Suá, Barro Vermelho, Santa Helena, Santa Lúcia e Praia do Suá.
Nessa região da Praia do Canto, a maior parte dos empreendimentos é de alto padrão, segundo Eduardo Borges, diretor de Economia e Estatística do Sinduscon. Isso se reflete também no valor do metro quadrado comercializado pelas construtoras. Vitória é quem lidera o valor em todos os tipos de apartamentos.
Um imóvel de 3 quartos tem preço médio de metro quadrado em R$ 13.273 em Vitória, enquanto em Vila Velha está em R$ 11.377. A unidade de dois quartos tem preço médio de metro quadrado de R$ 13.201 em Vitória e R$ 10.176, em Vila Velha. Já um apartamento de 4 quartos tem preço de m² na casa de R$ 16 mil em Vitória, enquanto em Vila Velha está em R$ 13.626.
"Até edições passadas, Jardim Camburi era onde tinha mais obras, mas o bairro já está na fase de escassez de terreno. Hoje boa parte dos empreendimento está na Enseada do Suá, onde era mais fácil visualizar o crescimento com uma grande quantidade de terrenos livres. Mas, nos últimos anos, a Praia do Canto também teve o mercado aquecido", detalha Borges.
Sobre a Praia do Canto, o diretor do Sinduscon detalha ainda que muitas casas antigas também deram lugares a novos prédios. Borges acredita que, nas próximas edições do Censo Imobiliário, essa região deve continuar com crescimento forte visto que o mercado de luxo continua em alta.
Segundo dados do Censo, esse segmento de produção de médio e alto padrão também representa a maior parte do que está sendo construído na Grande Vitória. Entre os residenciais, 64,8% são desse padrão e 35,13% são econômicos, voltados para o Minha Casa Minha Vida. Em Vitória, por exemplo, enquadram-se apenas imóveis considerados médio e alto padrão, sem unidades de econômicos em construção.
Vitória também apresenta o melhor percentual de vendas, com 75,7% das unidades já vendidas. Na Grande Vitória, o Censo apontou que 68,9% do total de unidades em construção já foram vendidas pelas empresas.
Em toda a Grande Vitória, estão em produção 14.795 unidades, sendo 14.503 residenciais e 292 comerciais, em um total de 130 prédios sendo construídos. O município canela-verde concentra 7.683 unidades em construção, o que corresponde a 51,9% do total. Em seguida está o município da Serra, com 24,2%, Vitória com 19,4% e Cariacica com 4,4%.
A tipologia predominante é a de 2 quartos (9.460 unidades), seguida por 3 quartos (3.249). O Censo mostra que há 1.041 unidades de 4 quartos em construção e 753 unidades de 1 quarto.
A 42ª edição do Censo Imobiliário do Sindicato da Indústria da Construção (Sinduscon-ES) mostra uma alta de 93% em lançamentos de imóveis na Grande Vitória no segundo semestre de 2023, em comparação aos lançamentos registrados entre janeiro e junho (1º semestre) do mesmo ano.
De acordo com o levantamento, de julho a dezembro (2º semestre) de 2023 foram lançadas 2.855 unidades, sendo 2.796 residenciais e 59 comerciais. Já no primeiro semestre de 2023, foram lançadas 1.479 unidades.
Segundo o Sinduscon, isso comprova a retomada do mercado, já que, desde o primeiro semestre de 2021, o número de lançamentos mantinha-se menor que o de unidades concluídas, o que poderia ocasionar uma redução no estoque de novos imóveis. O 42º Censo aponta 1.217 unidades entregues no segundo semestre de 2023, sendo que no primeiro semestre foram registradas 2.019 unidades entregues.
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