O salário dos profissionais que atuam na indústria do petróleo e gás é quase o dobro dos demais trabalhadores do Espírito Santo. A remuneração média do setor é de R$ 6.307 no Estado, enquanto que a média nacional é de R$ 6.820,40. Já o valor médio pago em outros setores em terras capixabas é de R$ 3.533 e, no país, R$ 3.861,10.
A informação consta no Anuário da Indústria do Petróleo e Gás Natural no Espírito Santo, lançado segunda-feira (22) pela Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) e pelo Observatório da Indústria. A publicação reúne dados e análises do setor, além de apresentar uma projeção da produção até 2028.
De acordo com a publicação, a cadeia produtiva do combustível gera 11.285 empregos diretos no Estado, representando 2,5% dos trabalhadores nacionais do segmento e 1,1% de todos os postos do Espírito Santo. A maioria desses colaboradores do segmento, 6.982, tem o nível médio completo. Já com nível superior completo, são 1.747 profissionais.
E a geração de novos postos de trabalho só tende a aumentar. Isso porque o Espírito Santo deve receber cerca de R$ 37 bilhões de investimentos até 2028 e, conforme o levantamento da Findes, os valores são a somatória de 12 projetos.
Além disso, a estimativa é de que, entre 2024 e 2028, a produção de petróleo registre um aumento médio anual de 5,1%, alcançando, no último ano da projeção, um volume de 218,4 mil barris diários. Já em relação ao gás natural, a estimativa é de um aumento de 5,2% na produção média anual, chegando a 5,5 milhões de m³ por dia do insumo.
O Espírito Santo ocupa a terceira posição entre os Estados produtores de petróleo, com 169,7 mil barris por dia, e a quinta colocação em gás natural, com 4,2 milhões de metros cúbicos por dia.
Os investimentos que chegarão ao Estado vão demandar trabalhadores qualificados para diversas funções para o desenvolvimento dos novos projetos. Entre as ocupações demandas estão postos como técnicos em mecânica, eletrônica e segurança do trabalho; engenheiras de petróleo, produção, operação e naval; cozinha marítima; além de profissionais da área da saúde e marinheiros.
Outro dado que chama a atenção no Anuário elaborado pela Findes é a faixa etária desses trabalhadores: 3.865 têm entre 30 e 39 anos, e 2.826 têm de 40 a 49 anos. Entre as profissões mais ocupadas estão a de soldador, assistente administrativo, mecânico de manutenção de máquinas e motorista de caminhão.
Ao todo, 565 empresas atuam no Estado, das quais 82,8% na cadeia fornecedora (468), seguido por 8,8% no abastecimento (50), 6,5% em exploração e produção (37), 1,1% nas companhias petroquímicas (6) e 0,7% nos derivados do petróleo (4).
Assim como o ramo de atuação da companhias, 75,7% dos trabalhadores estão alocados na cadeia fornecedora (8.545). Outros 15,3% atuam em exploração e produção (1.723), enquanto 6,9% estão no abastecimento (784), 1,5% em indústrias petroquímicas (165) e 0,6% em derivados de petróleo (68).
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