Desde o mês de agosto, a Samarco passou a adquirir gás natural no mercado livre do Espírito Santo. Com a aquisição de um dos fornecedores disponíveis no mercado capixaba, a empresa está entre as pioneiras no segmento no Estado.
Segundo a empresa, o gás adquirido nessa modalidade terá participação na matriz energética da empresa, sendo destinado ao forno de queima da pelota de minério de ferro, no Complexo de Ubu, em Anchieta, no litoral Sul do Estado. A nova aquisição vai representar 25% do total de gás natural usado diariamente nas atividades de queima de pelota.
“A iniciativa possibilita novas opções de fornecimento, com preços mais competitivos e flexibilidade de volumes baseados na necessidade diária do processo produtivo. Sermos um dos primeiros clientes também demonstra um avanço que consolida a cadeia de fornecimento, desde a produção do gás até o consumo final, ampliando a oferta e a infraestrutura”, destaca o gerente de Suprimentos da Samarco, Roberto Oliveira Júnior.
O gás natural do mercado livre será utilizado em complemento ao gás adquirido pela empresa no mercado cativo.
“Trata-se de um combustível mais limpo e ecologicamente correto. A queima do gás natural reduz significativamente a emissão de material particulado, como óxido de enxofre, dióxido de carbono, monóxido de carbono e óxidos de nitrogênio. É menos poluente do que o óleo ou qualquer outro combustível fóssil”, explica o engenheiro de Suprimentos da Samarco, Helbert de Souza Ferreira.
Segundo dados da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), o Espírito Santo possui reserva de gás natural de 30,7 bilhões de m³, com produção de gás onshore e offshore e capacidade de tratamento de 21,85 milhões de m³/dia. O Estado é cortado por 467 quilômetros de rede de gasodutos de distribuição e é o único com capacidade de oferecer de imediato estocagem de gás (no Campo de Barra do Ipiranga).
No mercado livre de gás, os preços podem ser estabelecidos entre as partes e as compras podem ser feitas de quaisquer distribuidores. Já no mercado cativo, os preços são estabelecidos pelo governo e os clientes só podem comprar o produto dos distribuidores locais, como a ES Gás, por exemplo.
No Espírito Santo, são elegíveis ao mercado livre de gás, segundo a Lei 11.173/2020, que dispõe sobre normas para o mercado livre de gás canalizado, usuários com volume de consumo igual ou superior a 10.000 m³/dia, que podem adquirir a molécula diretamente do supridor.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta