Após as companhias aéreas começarem a reduzir os voos que ligam o Aeroporto de Vitória ao Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, o ministro dos Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho, anunciou a criação de um grupo de trabalho para analisar a questão e espera conseguir uma solução em até dez dias.
Na quarta-feira (4), o ministro se reuniu com representantes da bancada federal capixaba e com o vice-governador do Espírito Santo, Ricardo Ferraço, em Brasília, para tratar da situação.
Embora ainda restem sete voos diários de Vitória para o Santos Dumont, a partir de 2 janeiro de 2024 entram em vigor novas mudanças: a resolução que autoriza esse aeroporto do Rio a receber voos de terminais situados num raio de 400 quilômetros, ou seja, para Congonhas (São Paulo) e Pampulha (Belo Horizonte). A capital capixaba extrapola esse limite em cerca de 18 km.
Com isso, a previsão, até então, é de que a ligação entre Vitória e o Rio de Janeiro seja operada pelo Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão, que é alvo de reclamações por parte dos viajantes, que se queixam de uma dificuldade maior de acesso ao terminal na comparação com o Santos Dumont.
O deputado federal Da Vitória, coordenador da bancada capixaba no Congresso Nacional, se mostra otimista quanto à possibilidade de um acordo.
"O ministro recebeu de forma muito atenciosa a posição da nossa bancada federal, do governo do Estado, e decidiu avaliar em conjunto conosco, com a equipe técnica, uma solução para que não prejudique os capixabas, o nosso turismo e a nossa economia. Vamos seguir o diálogo para que a malha aérea do Espírito Santo não seja prejudicada."
O vice-governador e secretário de Desenvolvimento do Espírito Santo, Ricardo Ferraço, explicou que a linha com o Santos Dumont representa quase 30% da operação do Aeroporto de Vitória e frisou que sua manutenção é de extrema importância para os dois Estados.
“As duas cidades, os dois Estados, têm cooperação numa série de serviços obrigatórios, como Justiça e Receita Federal, por exemplo. Economicamente, temos muitas empresas com atuação lá e cá, caso do complexo de petróleo e gás. Apresentamos ao ministro Silvio Costa a realidade e os impactos da suspenção da operação, que entendeu ser justa a motivação para a permanência da conexão direta com o Santos Dumont. O grupo de trabalho constituído tem a capacidade de organizar um resultado bem equilibrado à demanda.”
E complementou: “A distância entre os dois aeroportos supera em apenas 18 km o limite previsto no texto. É muito pouco para tanto impacto".
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