O comércio da Grande Vitória voltou a abrir parcialmente na manhã desta segunda-feira (11). Ainda que precisando respeitar uma série de exigências, lojas de produtos não pessoais como produtos eletroeletrônicos, informática e móveis puderam voltar a atender os clientes, de acordo com portaria publicada pelo governo estadual, que flexibilizou esse funcionamento, após um período de portas fechadas por conta da pandemia do novo coronavírus.
Ciente da dificuldade do retorno da economia, o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Espírito Santo (Fecomércio), José Lino Sepulcri, avalia que se o setor voltar a vender 40% do que vendia no período antes do início da pandemia do novo coronavírus já será ótimo.
Segundo ele, nem mesmo a população se adaptou ao sistema de abertura de lojas em dias alternados. Foi criado mesmo um certo tumulto, mas acho muito oportuna essa reabertura. A partir de amanhã, tudo estará normalizado e os atendimentos vão acontecer quase que normalmente, disse.
Para José Lino, o Espírito Santo sai na frente de Estados, como Rio de Janeiro e São Paulo, que continuam com o comércio fechado e regras de isolamento mais rígidas. Outros Estados postergaram o isolamento até o fim de maio. É uma situação delicada, mas só temos a agradecer ao governo estadual por essa compreensão e esperamos que, gradativamente, a gente vá retomando a economia
A população tem necessidade de ir ao comércio e nós temos orientado a todos os empresários de que as pessoas só podem entrar nas lojas com máscaras. Em hipótese alguma devemos atender pessoas sem máscaras isso foi um acordo de cavalheiros entre a federação e o governo, completou José Lino.
De acordo com a Portaria nº 080-R, publicada em edição extra do Diário Oficial de sábado (9), as primeiras lojas a serem reabertas são as de produtos de consumo não pessoal que só podem funcionar nos dias ímpares do calendário.
Tais lojas são as de eletrodomésticos e eletrônicos, materiais de construção, lojas de venda de peças automotivas, venda de veículos automotores, móveis, colchões, cama, mesa e banho, artigos de festas e decoração, artigos de informática, entre outras.
Já as lojas de produtos de consumo pessoal, como vestuário, calçados, cosméticos, perfumarias e similares somente podem funcionar nos dias pares do calendário. Ainda segundo o decreto, caso uma loja associe comercialização de produtos de consumo pessoal e não pessoal, ela deverá adotar um critério de predominância para o estabelecimento dos dias de funcionamento, se em dias ímpares ou pares.
As lojas só podem funcionar das 10h às 16h fora desse horário, o funcionamento será apenas por delivery ou drive thru e é obrigatório o uso de máscaras em todos os lugares o não cumprimendo pode render multa de até R$ 5,2 mil.
Também é preciso limitar a entrada de clientes a proporção de um cliente por cada 10m² de área de loja. Em caso de filas para a entrada ou nos caixas, o comerciante deverá utilizar faixas ou marcações para limitar a distância mínima de 1,5 metro entre clientes.
Restaurantes podem efetuar o atendimento presencial de segunda a sexta-feira, das 10h às 16h, não podendo funcionar aos fins de semana.
Continuam permitidas a abertura de farmácias, comércio atacadista, distribuidoras de gás e água, supermercados, hortifrútis, padarias, lojas de cuidados de animais, e oficinas de automóveis e bicicletas
Shoppings continuarão fechados por atraírem um fluxo intenso de pessoas. As vendas no modelo drive thru estão mantidas.
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