Diante do temor de alguns de que os impactos econômicos do isolamento social possam ser maiores do que a crise gerada pela contaminação do coronavírus, o governador Renato Casagrande (PSB) disse que o status que a pandemia pode chegar sem a quarentena causaria um colapso de prejuízo muito maior.
Casagrande destacou os exemplos da Coreia do Sul e da China, que, segundo ele, foram rápidos em orientar a população a se isolar e diminuíram a curva do contágio. Medida que, na avaliação do governador, não foram tão rápidas na Itália e na Espanha, causando um número de mortes maior e um impacto financeiro ainda mais severo. Nestes últimos países, as mortes chegaram a quase 800 por dia.
Para ele, o isolamento total no início do ciclo de contágio é essencial para diminuir a disseminação da Covid-19 e isso é determinante para mitigar o impacto da pandemia. Isso não aconteceu na Itália e na Espanha, que agora estão em colapso. Se a sociedade entrar em colapso, independentemente do que diga o presidente, a economia para. Então é preciso manter os cuidados nesse momento. Não é a hora de relaxar ainda", argumenta.
Segundo Casagrande, o governo do Estado está em consonância com as entidades da indústria e do comércio, que serão chamados na próxima semana em uma reunião para decidir, junto com a equipe técnica e médica, se irão estender o período de isolamento ou conceder algumas liberações.
"Ninguém quer ficar com comércio fechado. Eu tô perdendo receita. Não tenho razão para querer fechar comércio. Todos estão angustiados com essa falta de liberdade. Tudo que está sendo decidido está em consonância com o que conversamos com as entidades", contou.
Em reunião na manhã desta quarta-feira (25) com o presidente Jair Bolsonaro, Casagrande disse que a equipe econômica do governo federal deve liberar nos próximos dias R$ 72 milhões para o Estado utilizar na área da Saúde. Os recursos serão pagos em quatro parcelas de R$ 18 milhões e vão servir para comprar máscaras especiais para os profissionais da saúde, entre outros equipamentos. Os municípios capixabas também receberão os mesmos R$ 72 milhões, divididos entre as 78 prefeituras.
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