Apesar da pandemia do novo coronavírus, as contratações já superaram as demissões no Espírito Santo no acumulado de 2020 resultando na criação de 8.511 novos postos de trabalho formais, de acordo com os dados até novembro do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia, divulgado nesta quarta-feira (23).
O bom número do ano é puxado pelo ótimo resultado no mês de novembro, mês em que o Estado criou 11.081 empregos com carteira assinada. O destaque vai para o município da Serra, que criou sozinho mais da metade desses novos empregos ao longo de 2020.
A Serra foi a única cidade da Grande Vitória a chegar a novembro com saldo de empregos positivo no acumulado de 2020, abrindo 5.646 vagas formais. É mais do que o dobro dos empregos abertos por Aracruz (com 2.766), que é a segunda colocada. Na sequência vem Linhares, com 1.748 vagas.
Ao todo, 49 municípios encerraram o penúltimo mês do ano com saldo positivo de empregos no acumulado do ano. Brejetuba não teve variações, tendo contratado tanto quanto demitiu, e 28 cidades demitiram mais do que contrataram.
O pior desempenho foi o da Capital. Vitória acumulou, até o mês passado, 1.795 demissões a mais que o número de vagas abertas ao longo do ano. Também na Região Metropolitana, registraram saldo negativo os municípios de Cariacica (-966) e Vila Velha (-560).
Fora da Grande Vitória, Guarapari (-1.074) e São Mateus (1.004) puxaram os piores resultados em meio à crise.
Com o boom de obras e reformas, o setor da construção civil foi o que mais abriu novas vagas neste ano no Estado. Foram criados 6.442 postos de trabalho a mais do que foram fechados. O movimento é um reflexo da queda das taxas de juros, que tem levado mais pessoas a buscarem a casa própria.
Na sequência, o melhor desempenho foi o da indústria, que apesar das baixas ao longo do ano, com a pandemia, contratou 5.511 profissionais a mais do que demitiu.
São os dois únicos segmentos com resultados positivos. O comércio, por exemplo, acumula 230 demissões a mais que as contratações. Na agropecuária, foram extintos 622 postos de trabalho.
E, finalmente, há o setor de serviços, que, muito embora tenha sido o recordista de contratações desde janeiro, com 104.811 vagas formais, também foi o que mais demitiu, fechando 107.321 postos de trabalho.
O setor, que depende bastante da interação humana, foi um dos mais afetados pela pandemia do novo coronavírus, que pediu, justamente o oposto, o distanciamento. Com isso, o setor extinguiu 2.510 vagas.
Curiosamente, na Serra, que é o município que mais contratou no Estado, o setor de serviços tem o segundo melhor desempenho, com 1.209 novas vagas abertas. Os números ficam atrás apenas da construção civil, que criou 2.866 novas oportunidades.
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