O volume de serviços prestados no Espírito Santo caiu 13,2% em maio, segundo apresentou a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (10). A comparação é feita com o mesmo mês do ano passado. Ainda nesta comparação, a receita obtida caiu 14%.
De acordo com o IBGE, a maior queda foi observada nas atividades de atendimento às famílias queda de 52,9% , aparecendo na sequência os serviços de profissionais administrativos e complementares (-20,9%).
Ao analisar os dados, o economista Ricardo Paixão comenta que o setor de serviços, como um todo, foi muito afetado pelas restrições legais estabelecidas pelos governos estaduais e municipais. No Espírito Santo não é diferente. O setor só deve começar a se recuperar quando tivermos uma menor quantidade de mortes e pessoas infectadas, avalia.
Assim, foram impactos com essa situação profissionais voltados para reparos domésticos, salões de beleza, professores que dão aulas particulares, entre outros. Um dos grandes problemas é que muitos desses profissionais são microempreendedores individuais (MEIs) e não estão conseguindo empréstimos que foram anunciados pelos governos. O dinheiro não está chegando na ponta, completa.
A mesma pesquisa do IBGE apresentou que o setor de serviços teve leve reação na comparação com o mês de abril: alta de 1,1% no índice de volume de serviços. Porém, de acordo com o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo (Fecomércio), José Lino Sepulcri, isso ainda não é algo a se comemorar.
Maio só teve essa reação porque abril foi muito ruim. Estava tudo fechado. No ano ainda estamos com crescimento negativo, observa.
A nossa expectativa é que nos próximos meses a situação melhore, principalmente se o governo estadual flexibilizar ainda mais a abertura do comércio. A gente tem a expectativa de que seja permitida a abertura em todos os dias da semana, mas com 6 horas de funcionamento, estima.
Hoje uma pessoa sai de casa para comprar um sapato, mas não pode aproveitar para comprar um liquidificador que também esteja precisando. Ela tem que sair de casa duas vezes e isso é muito ruim na nossa avaliação. O comércio e os serviços estão com os dedos cruzados para ter essa permissão para funcionar todos os dias, conclui José Lino.
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