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Setor de serviços do ES ensaia retomada, mas ainda sofre efeitos da crise

Setor de serviços do ES ensaia retomada, mas ainda sofre efeitos da crise

Dos cinco segmentos pesquisados, somente transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio tiveram crescimento; pior desempenho é das atividades de atendimento às famílias

Publicado em 12 de novembro de 2020 às 11:11

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Movimento de carros na Rua José Sette, Centro de Vitória
Movimento de carros na Rua José Sette, Centro de Vitória: setor de transportes é o mais atingido pela crise. (Carlos Alberto Silva)

O volume de serviços prestados no Espírito Santo avançou 3% em setembro em relação a agosto deste ano, segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (12). Ainda nesta comparação, a receita obtida avançou 3,6%.

É a terceira alta consecutiva. Apesar disso, os resultados vêm perdendo fôlego. Em agosto, o desempenho do setor de serviços cresceu 3,7% ante o mês anterior. O setor tampouco voltou aos patamares observados no nono mês de 2019, tendo acumulado uma queda de 2,6% na comparação, fortemente impactado pela pandemia do novo coronavírus.

A maior queda foi observada nas atividades de atendimento às famílias, que apresentaram retração de 31% na comparação com setembro de 2019. No ano, a queda já chega a 35,5%.

Na sequência, os serviços de profissionais administrativos e complementares, que recuaram 13,8% no mês, e 12,4% desde janeiro.

O volume de serviços de informação e comunicação também diminuiu, recuando 4,8% em setembro, e 8,7% no ano. Outros serviços diminuíram 9,4%.

Por outro lado, transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, que apresentam retração de 3,2% no ano, começam a recuperar-se da crise, e conseguiram avançar 6,7% no mês, em comparação a setembro do ano passado.

DADOS DO BRASIL

O crescimento observado no Espírito Santo ficou acima da média nacional. Em setembro, o volume de serviços no país avançou 1,8% frente a agosto, na série com ajuste sazonal. A alta foi acompanhada por quatro das cinco atividades investigadas, com destaque para serviços de informação e comunicação que avançaram 2% neste mês.

Os demais avanços vieram dos serviços prestados às famílias (9%), de outros serviços (4,8%) e dos transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (1,1%). O único resultado negativo do mês ficou com os serviços profissionais, administrativos e complementares (-0,6%).

Na série sem ajuste sazonal, frente a setembro de 2019, o volume de serviços no país recuou 7,2%, sua sétima taxa negativa seguida nessa comparação. O acumulado no ano caiu 8,8% frente ao mesmo período de 2019.

A taxa dos últimos 12 meses recuou 6,0% em setembro de 2020, mantendo a trajetória descendente iniciada em janeiro de 2020 e chegando ao resultado negativo mais intenso da série deste indicador, iniciada em dezembro de 2012.

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