Com crescimento de 8,9%, o setor de serviços impulsionou, mais uma vez, a economia capixaba, que teve expansão de 1,9% em 2022, na comparação com 2021. É o segundo ano de resultado positivo desde o início da pandemia, que havia derrubado o desempenho dos segmentos em geral.
A expansão do setor foi puxada, sobretudo, pelos serviços prestados às famílias, que tiveram incremento de 20,4% no último ano. O grupo engloba alojamento, alimentação, academia de ginástica e salão de beleza, entre outros.
Na sequência, aparecem os serviços profissionais, administrativos e complementares, com avanço de 10,4%, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (8) pelo Instituto Jones dos Santos Neves, em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, por sua vez, apresentaram crescimento de 10% no período.
As atividades do comércio varejista ampliado ficaram praticamente estáveis, com acréscimo de 0,3% no ano. Embora o varejo restrito tenha apresentado avanço de 5,8% em 2022,o desempenho de veículos, motocicletas, partes e peças recuou 6,2%, amenizando o resultado como um todo.
A indústria geral, por sua vez, declinou 8,4%, contrabalanceando o resultado anual. O desempenho é influenciado, principalmente, pela indústria extrativa, que recuou 18,7%, em função das quedas na pelotização de minério de ferro (-6,3%), na produção de gás natural (-37,6%) e produção de petróleo (-34,6%).
Já as indústrias de transformação tiveram queda de 3,5%. O único segmento que apresentou crescimento anual foi a fabricação de celulose, papel e produtos de papel (7,3%).
Apesar do resultado geral positivo em 2022, o estudo aponta para uma tendência de desaceleração, que já perdura por três trimestres consecutivos. No quarto trimestre do ano passado, a economia estadual recuou 0,2% em relação aos três meses anteriores, quando já havia sido registrado número negativo. A mesma média foi observada a nível nacional.
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