Com o preço do gás de cozinha nas alturas, o Sindicato dos Petroleiros do Espírito Santo (Sindipetro-ES) vai realizar uma ação de conscientização sobre os aumentos que vai sortear cupons de desconto de R$ 50 na compra do botijão.
A iniciativa está marcada para o domingo (19) no bairro Jesus de Nazareth, em Vitória. Serão sorteados 50 cupons ao todo, o que totaliza R$ 2,5 mil que serão distribuídos em forma de desconto. O sorteio será realizado a partir das 9h no Instituto Mãos na Massa, onde também haverá atividades de recreação para a comunidade.
Segundo o Sindipetro-ES, Vitória é a terceira cidade do Estado a receber o projeto, batizado de "Caravana dos Petroleiros", que já passou por São Mateus, em abril, e Cariacica, em maio.
O projeto faz uma crítica a política de preços dos combustíveis que é adotada pelo governo federal desde 2016, a chamada Política de Paridade Internacional (PPI), que prevê que o preço do combustível vendido no Brasil seja calculado de acordo com a cotação internacional do barril de petróleo e com a flutuação do câmbio.
Como resultado, os produtos derivados do petróleo têm apresentado alta constante nos últimos anos, o que se intensificou em 2022 com a guerra na Ucrânia, que provocou um choque no mercado global.
Hoje, o gás liquefeito de petróleo (GLP), o popular gás de cozinha, é vendido em média a R$ 107 no Espírito Santo, segundo pesquisa recente da Agência Nacional de Petróleo e Gás (ANP). A maior média é encontrada justamente em Vitória, onde o gás tem ficado na faixa de R$ 113.
"A campanha denuncia a a política de preços do governo federal porque o PPI favorece apenas os acionistas estrangeiros, enquanto o povo brasileiro paga a conta, com constantes aumentos nos preços dos combustíveis, a exemplo do gás de cozinha, da gasolina e do diesel", diz o Sindipetro em comunicado.
O sindicato também tem expressado preocupação sobre as vendas das unidades da Petrobras, que segundo a entidade pode "trazer desemprego, redução de arrecadação para os municípios e queda nos investimentos dessas cidades, incluindo os sérios problemas econômicos e ambientais para as regiões afetadas".
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