A Suzano registrou recorde de venda de celulose no primeiro trimestre de 2020. De acordo com a empresa, De acordo com a empresa, foram comercializadas 2,9 milhões de toneladas de celulose entre janeiro e março, volume semelhante ao registrado no último trimestre de 2019 - caracterizado sazonalmente como o mais forte da indústria. Quando comparado ao mesmo período do ano passado, o volume apresentou alta de 65%.
Os resultados referentes aos primeiros meses do ano foram divulgados pela empresa nesta sexta-feira (15). O período foi marcado por uma forte demanda por celulose, movimento que proporcionou recorde histórico no volume de vendas para os primeiros trimestres e a redução nos estoques da companhia em cerca de 500 mil toneladas. Com isso, o nível estocado atingiu sua normalização, diz o comunicado.
Já no segmento de papel, as vendas somaram 268 mil toneladas, registrando uma leve retração ante o primeiro trimestre do ano passado. Com isso, de forma consolidada, a Suzano comercializou 3,1 milhões de toneladas de celulose e papéis e atingiu receita líquida de R$ 7 bilhões entre janeiro e março.
A companhia informou que o resultado se deve ao ritmo acelerado de vendas de celulose, a queda no custo de produção e a condição de empresa exportadora - que se beneficia da desvalorização do real frente ao dólar. Esses fatores, segundo a organização, contribuíram para que o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado atingisse R$ 3 bilhões e a geração de caixa operacional somasse R$ 2,3 bilhões. Ambos os resultados são superiores na comparação com o primeiro e o quatro trimestre de 2019.
"Esses números demonstram a resiliência da companhia a momentos de crise e são consequência da forte competitividade e ampla presença global da Suzano, de nossa condição financeira robusta e da gestão sistêmica adotada frente à pandemia da Covid-19", afirmou o presidente da Suzano, Walter Schalka.
Segundo informações da empresa, o custo caixa de produção de celulose, excluindo o efeito de paradas programadas, novamente apresentou desempenho positivo, beneficiado cada vez mais pelas sinergias e pelo melhor desempenho operacional. O indicador ficou em R$ 596 por tonelada, queda de 6% versus o quatro trimestre de 2019 e 11% menor frente aos três primeiros meses do ano anterior.
Por outro lado, o mesmo fator cambial, que beneficia o aumento da receita e da geração de caixa, gera também um impacto contábil negativo de aumento, principalmente, no saldo da dívida contratada em dólar, quando convertida para reais. Esse efeito, contudo, tem natureza meramente contábil, não caixa, uma vez que está associado a dívidas com vencimento de longo prazo. Em função desse efeito cambial, a companhia apurou um resultado líquido negativo de R$ 13,4 bilhões no primeiro trimestre.
A Suzano anunciou, que em função do cenário gerado pelo avanço do coronavírus ao redor do mundo, haverá redução no Capex de 2020 de R$ 4,4 bilhões para R$ 4,2 bilhões. A decisão não altera, contudo, a competitividade da companhia, o foco dado à saúde e segurança de seus colaboradores e parceiros e à qualidade dos produtos e serviços oferecidos a seus clientes.
Desde o início do agravamento da crise, a Suzano adotou um conjunto de medidas operacionais e administrativas para apoiar funcionários, parceiros, e a sociedade, além de garantir a continuidade de seus negócios, essenciais neste momento de isolamento social. Entre as ações, a companhia destinou R$ 50 milhões para auxiliar no combate à propagação da Covid-19 e na preservação da vida de pessoas em tratamento.
A Suzano, empresa resultante da fusão entre a Suzano Papel e Celulose e a Fibria, tem uma unidade em Aracruz e vai investir em mais uma indústria no ES, desta vez em Cachoeiro de Itapemirim. A companhia exporta para mais de 80 países e, a partir de seus produtos, está presente na vida de mais de 2 bilhões de pessoas.
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