Em um contexto de melhora da atividade econômica, o mercado de trabalho está em franca recuperação no Espírito Santo. Desde o 4º trimestre de 2021 a taxa de desemprego no Estado saiu dos dois dígitos, patamar que era registrado desde o início de 2016, e tem continuado a cair. No segundo trimestre de 2022, ou seja, entre abril e junho, a taxa registrada foi de 8%.
Esse é o menor índice de desocupação registrado no Espírito Santo desde 2015, ano em que começou a escalada dos números de desemprego. Nesses sete anos, as taxas chegaram a bater em 14,7%, no primeiro trimestre de 2017, e em 14,2% no 3º trimestre de 2020.
O percentual de 8% de desempregados considera a população com mais de 14 anos que está em condições de trabalhar, representando 174 mil pessoas desocupadas no Estado.
No trimestre anterior, a taxa foi de 9,2% e no mesmo período do ano anterior, 11,6%. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), divulgada nesta sexta-feira (12) pelo IBGE.
Além dos desempregados, a pesquisa aponta estabilidade no total de desalentados, que somam 43 mil pessoas no Estado. Os desalentados são aqueles que, por tanto tentar, já perderam a esperança de conseguir um trabalho e desistiram de procurar.
Por outro lado, o total de ocupados superou 2 milhões de pessoas no Estado. Dentro desse número, a maior parte são trabalhadores do setor privado (o que exclui empregados domésticos), segmento que vem puxando os indicadores para cima. Os que tem carteira assinada chegaram a 734 mil. Há ainda 279 mil no setor privado que estão empregados, mas sem carteira assinada.
A pesquisa vai além do emprego formal e do setor privado. Segundo o IBGE, 805 mil trabalhadores no Estado possuem empregos informais, 514 mil trabalham por conta própria, 108 mil são trabalhadores domésticos e 218 mil atuam do setor público.
A melhora nos indicadores de emprego foi além do Espírito Santo, sendo registrada também em mais 21 estados. Houve estabilidade nas outras cinco unidades da federação.
As reduções mais intensas, de mais de 3 pontos percentuais, ocorreram no Tocantins (de 9,3% para 5,5%), em Pernambuco (de 17% para 13,6%) e em Alagoas (de 14,2% para 11,1%). Em São Paulo, estado mais populoso do país, a taxa de desemprego recuou de 10,8% para 9,2%.
Entre abril e junho, as maiores taxas de desemprego foram registradas na Bahia (15,5%), em Pernambuco (13,6%) e em Sergipe (12,7%), na região Nordeste.
As menores ficaram localizadas em Santa Catarina (3,9%), Mato Grosso (4,4%) e Mato Grosso do Sul (5,2%), nas regiões Sul e Centro-Oeste.
A Pnad considera tanto o mercado de trabalho formal quanto o informal. Ou seja, são avaliados desde empregos com carteira assinada e CNPJ até os populares bicos.
No Brasil, a taxa de desemprego recuou para 9,3% no segundo trimestre, conforme dados divulgados pelo IBGE no último dia 29.
* Com informações da Folhapress
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