Vitória
Inovação, capacidade de transformação, investimento e olhar aguçado para o que há de novo no mercado. Esses foram alguns dos destaques da palestra "Tecnologias Emergentes: Perspectivas para o Futuro do Espírito Santo", realizada na manhã desta quarta-feira (29), na sede da Rede Gazeta, em Vitória.
A apresentação marcou uma rede de debates sobre o programa ES 500 anos, iniciativa do governo do Estado e do ES em Ação, e também abriu caminho para o lançamento da quarta edição do projeto Made In ES, que valoriza produções econômicas e culturais genuinamente capixabas.
Os palestrantes Janc Lage, diretor de Tecnologia, Gente, Gestão e Inovação do Grupo Águia Branca, e Gustavo Caetano, CEO da Samba Tech e fundador da Associação Brasileira de Startups (Abstartups), compartilharam suas visões de mercado com os convidados, que contaram com a apresentação do jornalista Mário Bonella, da TV Gazeta.
Para Gustavo Caetano, no cenário de inovação, o Espírito Santo mostra-se capaz de gerar diferenciais competitivos, com potencial para atrair empresas e investimentos de variados setores.
"Vemos aqui benefícios como infraestrutura, capital humano, universidades, tecnologia e indústria com potencial. Com isso, temos que entender onde queremos lutar e onde queremos ser extremamente competitivos para, aí, sim, atrair talentos, startups e empresas que nos tornem um player capaz de competir globalmente", salienta.
Segundo o empresário, no mundo atual, a inovação é uma ferramenta de transformação que, se bem utilizada, pode mudar a forma como lidamos e solucionamos as atividades do dia a dia, mesmo sem uma ideia mirabolante para isso
"Quando falamos de inovação, geralmente as pessoas acham que é preciso inventar algo que não existe. Na verdade, a inovação é a arte de resolver problemas reais de um jeito simples. Precisamos entender que resolver problemas significa olhar para as pessoas e ouvi-las e isso vale tanto para o setor público quanto para o privado. Enquanto empresário, como posso escutar meu cliente? Enquanto governo, como posso ouvir minha população?", indaga Gustavo.
Segundo Janc Lage, para que o Estado colha frutos no mercado com as ferramentas tecnológicas, a parceria entre o setor público e o privado deve ser fomentada a cada dia para o desenvolvimento do ecossistema de inovação.
"Nós, do Grupo Águia Branca, somos muito focados em contribuir com o desenvolvimento do Espírito Santo. Hoje, nosso case de inovação está ligado a uma mobilidade cada vez mais segura e, ao mesmo tempo, vemos vários outros exemplos de empresas que representam bem o Estado no cenário nacional e mundial, deixando o Espírito Santo como um grande produtor de capital intelectual", disse.
Segundo o secretário de Economia e Planejamento do Espírito Santo, Álvaro Duboc, planejar uma visão de futuro para o Estado é uma tarefa do governo e da sociedade, com discussões que, atreladas a programas como o ES 500 anos e o Made In ES, serão capazes de transformar as cadeias sociais e produtivas do Estado.
“Pensando nisso, o Espírito Santo realizou, nos últimos cinco anos, o maior investimento público de sua história, com mais de R$ 11 bilhões voltados para a melhoria em nossas plataformas logísticas, aumentando nossa eficiência e competitividade”, disse Duboc.
“Hoje, o ecossistema do Espírito Santo é pujante e tem trazido resultados importantes. Várias empresas de base tecnológica aqui do Estado são referências nacionais. O nosso objetivo é continuar apoiando essas e outras empresas de base tecnológica para que o Espírito Santo seja uma referência nacional”, complementou o secretário.
Segundo Pablo Lira, diretor-geral do Instituto Jones do Santos Neves (IJSN), a evolução do Espírito Santo em projetos voltados para Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) amplia as oportunidades de negócio para o Estado e seus municípios.
“O Espírito Santo tem um desenvolvimento acima da média nacional e conta com mecanismos de estímulo ao desenvolvimento de novas tecnologias, como, por exemplo, o Fundo Soberano, que investe recursos de petróleo e gás no desenvolvimento e nas startups. Isso não só tem um impacto econômico e tecnológico, mas também um ganho social, ampliando negócios e gerando mais emprego e renda, melhorando a qualidade de vida da população capixaba”, pondera Pablo.
De acordo com Lira, a atual conexão entre os setores produtivos do Espírito Santo abre um leque de oportunidades de crescimento, além de mais gamas de investimento. Segundo o diretor do IJSN, nos próximos três anos, há expectativa de investimentos públicos e provados da ordem de R$ 65 bilhões em setores de comércio, indústria, agricultura e pecuária.
“O Espírito Santo tem uma perspectiva muito positiva de se manter com bons indicadores, se caracterizando como o Estado luz no Brasil. Mas a gente não pode parar, a gente tem que fazer valer o lema do nossa bandeira, sempre continuar trabalhando, confiando e inovando, para garantir um futuro cada vez melhor”, finaliza Pablo.
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