Uma semana após o desabamento de duas torres-d’água de mais de 15 metros no Residencial São Roque, no bairro Padre Gabriel, em Cariacica, a retirada das estruturas chegou ao fim. Nesta quarta-feira (6), ocorreu a remoção da segunda unidade, que estava apoiada sobre um dos prédios, pela construtora Cobra Engenharia, responsável pela obra do condomínio. A próxima etapa é a reconstrução dos apartamentos que ficaram danificados.
Durante a retirada das torres, com mais de 15 metros cada, moradores de seis blocos dos condomínios São Roque I e São Roque II tiveram que ficar fora de casa durante dois dias. Por medida de segurança, a área foi isolada e eles retornaram para casa apenas ao fim dos trabalhos.
Como as operações desta quarta se estenderam pela noite, a empresa forneceu alimentação para as pessoas que estavam proibidas de voltar aos apartamentos.
De acordo com a Cobra Engenharia, a retirada das torres foi concluída nesta quarta, porém, uma pequena parte ainda terá que ser removida na manhã de quinta-feira (7). Contudo, dessa vez, a rotina do condomínio não será alterada.
A primeira torre-d'água foi retirada da área comum do condomínio na terça-feira (5), em um trabalho que durou o dia inteiro.
A estrutura foi dividida em quatro partes, sendo que a última delas tombou do caminhão em que estava sendo transportada. A construtora declarou que o incidente aconteceu depois que o caminhão passou por um declive já na área de descarga e a peça ficou no local onde caiu.
Após o desabamento das torres, que aconteceu no dia 30 de dezembro, a Defesa Civil interditou o bloco 6 do condomínio São Roque 2 e o bloco 5 do São Roque 1. A Cobra Engenharia disse que continua fornecendo alimentação e hospedagem para as famílias que tiveram os apartamentos danificados.
Depois da retirada das duas estruturas, a empresa informou que vai fazer o trabalho de reparo necessário nos blocos atingidos para que as famílias retornem para os apartamentos.
O empreendimento do Minha Casa Minha Vida, voltado para famílias de baixa renda, foi inaugurado no dia 14 de dezembro. Pouco mais de duas semanas depois da entrega aos moradores, as duas torres de água desabaram; uma delas caiu em cima do quinto andar de um dos prédios. A outra estrutura, do outro lado do residencial, desabou 20 minutos depois, bateu na parede de um dos blocos e foi ao chão.
O dono de uma empresa terceirizada que trabalhava em um dos reservatórios no momento da queda, ficou gravemente ferido e foi levado para o hospital, mas não resistiu e morreu. A morte de Jucelino Roncon está sendo investigada pela Polícia Civil.
A Caixa Econômica Federal, a Defesa Civil e a própria construtora fizeram perícias no local, mas as causas do desabamento ainda não foram apuradas. A previsão é de que o laudo da perícia feita pela construtora fique pronto em um mês.
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