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Trabalhador adere à marmita para economizar. Saiba como montar

Trabalhador adere à marmita para economizar. Saiba como montar

Pesquisa mostra que gasto médio para almoçar em restaurantes é de R$ 40,27 no Estado; por isso, maioria dos profissionais está optando por levar comida feita em casa para o trabalho

Publicado em 13 de agosto de 2022 às 10:37

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Quem precisa almoçar fora de casa está gastando, em média, R$ 40,27 a cada refeição no Espírito Santo, segundo a pesquisa Preço Médio da Refeição Fora do Lar, da Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador (ABBT). Por mês, o custo chega a cerca de R$ 800. Para economizar e escapar dessa despesa, os trabalhadores estão recorrendo, na hora do almoço, a marmitas preparadas em casa.

Uma pesquisa da Sodexo Benefícios e Incentivos mostra que 65% dos profissionais entrevistados costumam levar comida pronta de casa para o trabalho. O levantamento foi feito com 3.931 pessoas entre os dias 13 e 15 de julho de 2022.

Nesse grupo dos adeptos da marmita, estão os colegas de trabalho Thiago Moreira, Igor Pratti, João Silva e Willian Souza. Levar comida de casa virou a saída diante do aumento de preço nos restaurantes a quilo na região da Praia do Canto, em Vitória, onde trabalham.

“O dinheiro que eu gastaria nos restaurantes deixo para a compra dos alimentos usados para fazer as marmitas. Todos os dias, separo o que vou levar para o almoço no trabalho. Sinto que essa escolha ajudou a reduzir as minhas despesas com as refeições”, afirma Willian Souza.

Trabalhador adere a marmita para economizar
João Silva, Igor Pratti, Thiago Moreira e Willian Souza levam marmitas para comer no trabalho, na hora do almoço. (Fernando Madeira)

DÁ PARA MONTAR MARMITAS SAUDÁVEIS E ECONÔMICAS?

Para incluir as marmitas na rotina diária de alimentação, a nutricionista Larissa Diniz destaca que é importante ter uma rotina de produção.

“Cada pessoa deve pensar na sua rotina, o que fica mais cômodo e fácil no dia a dia. Cozinhar em maior quantidade no final de semana para a semana toda é uma boa estratégia. Mas, para quem gosta de ter comida mais fresca, preparar os alimentos em um dia do final de semana e em outro no meio da semana, como na quarta-feira, pode ajudar também. O importante é incluir essa organização na rotina”, explica a nutricionista.

Comprar vasilhas para marmitas também é uma boa estratégia para já deixar a refeição porcionada e facilitar a preparação em um dia mais corrido.

“Sugiro que a pessoa leve uma outra vasilha com salada crua para adicionar fibras, vitaminas e minerais na refeição. Quanto maior a quantidade de vegetais, maior será a saciedade ao longo do dia”, reforça Larissa Diniz.

Alimentos simples, como arroz, feijão, batatas, macarrão e carnes magras são ótimas opções para a marmita, de acordo com a nutricionista. Para baratear o custo da refeição, a opção é comprar vegetais e frutas por um preço mais acessível em feiras livres.

Larissa Diniz também diz que é importante incluir uma fonte de proteína, como carnes e ovos, na marmita, evitando o consumo de embutidos. Carnes de segunda, moela de frango e fígado bovino também têm ótimo valor nutricional, combinado ao fato de custarem menos do que carnes mais nobres.

SUDESTE É A REGIÃO COM REFEIÇÃO MAIS CARA EM RESTAURANTES

Com essas dicas, é possível escapar da alta do preço das refeições nos restaurantes, cujo gasto mensal médio pode chegar a R$ 805,40, para quem almoçar nesses locais, durante os dias de expediente no trabalho. Os dados são do estudo realizado pela ABBT em 51 cidades brasileiras, além do Distrito Federal, entre fevereiro e abril deste ano. A pesquisa ainda constatou que a região onde a refeição está mais cara é a Sudeste, e a mais barata é a Centro-Oeste.

“Cada cidade sentiu o aumento dos preços da refeição de maneira diferente, de acordo com sua realidade econômica e social. Custos como gás de cozinha e energia elétrica, além do valor do frete praticado, puxaram os preços para cima”, explica Jessica Srour, diretora-executiva da ABBT.

Jessica lembra ainda que bares e restaurantes foram um dos setores mais afetados pela pandemia, devido às restrições de funcionamento impostas. "O fechamento de estabelecimentos e o consequente desemprego podem ter afetado os valores praticados nas refeições”, afirmou.

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