Um trabalhador de 39 anos morreu afogado no mar em Barra do Riacho, Aracruz, no Norte do Espírito Santo, na tarde de quarta-feira (9). Segundo informações da família, Julimar Correia da Vitória atuava como rebocador em uma empresa de serviços marítimos e pilotava um barco momentos antes de morrer.
A Polícia Civil confirmou que registrou o caso como afogamento e disse que o corpo de Julimar foi encaminhado pelo serviço funerário do Serviço de Verificação de Óbito (SVO) para o Departamento Médico Legal (DML) de Vitória.
Um laudo apontou afogamento como a causa da morte. Segundo relato do sobrinho do trabalhador, o estudante Thiago da Vitória Mateine Lima, de 25 anos, o médico disse para a família que havia muita água no pulmão de Julimar.
Apesar da confirmação da Polícia Civil de que a causa da morte de Julimar foi afogamento, o sobrinho do rebocador afirma haver informações desencontradas sobre o que aconteceu de fato. De acordo com Thiago, a empresa para a qual o tio dele trabalhava informou que o trabalhador estacionou o barco em um ponto do mar e teve um mal súbito quando voltava para a areia a nado. Ele estaria acompanhado de um supervisor na embarcação e foi para a água sem colete, disse o jovem.
“É procedimento da empresa que ele mergulhe e nade até a areia para sair do barco? Como o supervisor permite que o funcionário trabalhe sem os equipamentos de segurança? Em que lugar foi o afogamento? Ninguém sabe responder. Ele pode ter tido realmente um mal súbito, mas queremos respostas”, desabafou Thiago.
A família também recebeu informações de que um helicóptero teria ido até o local para fazer o resgate do corpo. Outra informação que chegou é que Julimar teria sido levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Barra do Riacho ainda com vida.
A reportagem de A Gazeta procurou a Prefeitura de Aracruz questionando se houve o registro da entrada de Julimar na UPA de Barra do Riacho. Em nota, foi informado que uma equipe da unidade de saúde foi até o local do ocorrido, prestou os primeiros socorros e depois o levou até o PA. Confirmou ainda que um helicóptero do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas o paciente teve uma parada cardiorrespiratória e veio a óbito na unidade.
"A Prefeitura de Aracruz, por meio da Secretaria de Saúde (Semsa), informa que a equipe do Pronto Atendimento (PA) da Barra do Riacho foi acionada e seguiu para o local do ocorrido, prestando os primeiros socorros necessários. Diante do quadro, o paciente foi levado até o PA da Barra do Riacho e o helicóptero do Samu foi acionado, mas devido a uma parada cardiorrespiratória, o paciente veio a óbito ainda no local".
A empresa WA Serviços Marítimos, que empregava Julimar, informou nesta quinta-feira (10) que ele estava trabalhando na embarcação e, ao se deslocar para a área de mergulho, teria sofrido um mal súbito. Também destacou que tem dado suporte à família do trabalhador. Em tentativa de contato posterior, A Gazeta questionou sobre o resultado do laudo, que aponta afogamento.
Nesta sexta-feira (11), a empresa voltou a se pronunciar sobre o caso divulgando uma nota de esclarecimento em que diz que Julimar era marinheiro auxiliar de convés. "De acordo com o laudo inicial da perícia, a causa da morte foi afogamento, mas as investigações irão acontecer para constatar ou não a veracidade desse primeiro laudo. A empresa ficará no aguardo do laudo. pericial oficial para se pronunciar e está prestando toda a assistência necessária a família".
Como a empresa para a qual Julimar trabalhava seria prestadora de serviços para empresas na área portuária em Barra do Riacho, a Portocel foi procurada pela reportagem, mas informou que a ocorrência não foi registrada na área da empresa. A Jurong também foi questionada sobre o caso e, assim que houver retorno, este texto será atualizado.
A reportagem também procurou a Marinha para saber se a morte será investigação pela corporação. Quando houver resposta ela será inserida nesta matéria.
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