Um trabalhador morreu na manhã desta segunda-feira (2) depois de se envolver em um acidente de trabalho em uma pedreira no interior de Barra de São Francisco, no Noroeste do Espírito Santo. Diéliton Gonçalves Melo, 30 anos, trabalhava na Mineração Giallo Ornamental, que fica na localidade de Vila Itaperuna. De acordo com a Polícia Militar, ele caiu de uma altura de 40 metros, após um bloco de soltar.
Segundo a PM, o acidente aconteceu pouco depois das 7 horas. O homem estava trabalhando quando a pedra se soltou. Ele caiu de uma altura de 40 metros, quebrou a perna e bateu a cabeça.
Ele foi socorrido por funcionários da empresa e levado para o Hospital Estadual Alceu Melgaço Filho, também em Barra de São Francisco. O trabalhador morreu na unidade de saúde, ainda durante a manhã. Os bombeiros informaram que não foram acionados para atender a ocorrência.
O corpo da vítima foi encaminhado para o Serviço Médico Legal (SML) de Colatina, também no Noroeste do Estado. Durante a tarde, a esposa dele esteve no local para liberar o corpo. Funcionários da pedreira acompanhavam a esposa. Ninguém quis gravar entrevistas, mas o colaborador da mineração afirmou que presta assistência para família, ele não comentou sobre as causas do acidente.
A esposa contou que Diéliton era pai de uma menina de 4 anos e trabalhava há cerca de dois anos na pedreira como marteleiro.
O Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Extração, Beneficiamento e Comércio de Mármore, Granito e Calcário do Espírito Santo (Sindimármore) lamentou a morte do trabalhador e salientou que está acompanhando o caso.
Em pouco mais de três meses, pelo menos quatro trabalhadores morreram em pedreiras das regiões Norte e Noroeste do Estado.
Em julho, Jeeam Lucindo Caseli, de 31 anos, morreu em uma explosão acidental em uma empresa que também fica em Vila Itaperuna, no interior de Barra de São Francisco. Outros dois trabalhadores ficaram feridos nesse acidente.
No final de setembro, Peterson Silva, de 25 anos, foi esmagado entre duas pedras, enquanto trabalhava em uma pedreira de Aracruz.
O Sindimármore cobrou mais fiscalização dos órgãos competentes para reduzir os riscos de acidentes. O secretário da entidade, Reginaldo Célia, ressaltou que o sindicato atua com o objetivo de preservar a saúde e segurança dos funcionários do setor. O sindicato tem poder de denúncia, então quem tem que fazer a outra parte são os órgãos. A gente vem cobrando uma fiscalização, mas isso não vem acontecendo, comentou.
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