Na primeira pesquisa com resultados apurados após a pandemia, o módulo de Turismo da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou que o Espírito Santo foi, em 2023, destino de 450 mil viagens nacionais, o que equivale a 2,2% do total realizado no país (20,4 milhões). Por outro lado, o Estado foi a origem de 390 mil viagens (1,9%).
A pesquisa foi realizada em convênio com o Ministério do Turismo e aponta ainda os gastos de turistas no Estado. Segundo o levantamento, os gastos totais em viagens com pernoite no Espírito Santo em 2023 alcançaram mais de R$ 457,6 milhões, um valor 95,7% maior que o estimado em 2021, quando o total de gastos em viagens com pernoite foi de R$ 233,8 milhões.
Em 2023, o gasto total médio das viagens com pernoite de turistas que tiveram o Espírito Santo como destino foi estimado em R$ 1.565, o que equivale a um gasto per capita diário médio estimado em R$ 260. O valor é abaixo da média registrada no país, que ficou na casa dos R$ 1.639. O Estado onde o turista tem gasto mais elevado é Alagoas (R$ 3.704), seguido de Pernambuco (R$ 2.683).
Em 2023 foram estimados 1,5 milhão de domicílios particulares permanentes no Espírito Santo – 8,3% a mais do que em 2021, quando esse valor foi de 1,4 milhão. Nos anos de 2020 e 2021, marcados pela pandemia de Covid-19, o percentual de domicílios em que ocorreu viagem de ao menos um morador ficou em 13,8% e 14,2%, respectivamente.
O turismo apresentou recuperação no ano de 2023 e em 308 mil domicílios, ou 20,1% do total, houve ocorrência de viagem de moradores.
De acordo com as informações obtidas nos domicílios do Espírito Santo, em 2020, 85,4% das viagens ocorreram por finalidade pessoal. Em 2021, o percentual foi de 83,8% e, em 2023, esse índice chegou a 84,5%, incluindo as viagens nacionais e internacionais.
Em 2023, a pesquisa revelou que em 1,2 milhão de domicílios não houve viagem. Se por um lado houve desinteresse, falta de necessidade ou outro motivo para os moradores de 388 mil domicílios, por outro, a demanda por viagens em 833 mil domicílios foi reprimida pela falta de dinheiro, tempo, saúde ou por terem outra prioridade.
Assim, em 2023, dos mais de 1,2 milhão de domicílios em que não houve viagem, em 423 mil isso ocorreu por falta de dinheiro – o equivalente a 34,6% – e em 260 mil por falta de tempo (21,3%). Em 230 mil domicílios, os residentes não viram necessidade de fazer uma viagem, o que representa 18,9% do total de domicílios em que não houve viagem.
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