Com o objetivo de vacinar a população brasileira contra a Covid-19 até setembro deste ano, o movimento Unidos Pela Vacina tem colocado em contato empresários e gestores estaduais e municipais para promover doações de insumos e serviços necessários para acelerar o processo de imunização.
Segundo levantamento feito pelo grupo, no Espírito Santo, itens como agulhas, seringas e luvas são os materiais mais demandados pelas prefeituras, mas há também necessidade de câmaras frias, caixas térmicas, computadores e conexão com a internet.
O Unidos pela Vacina pretende colocar em contato empresas que produzam esses materiais ou estejam dispostas a adquiri-los com prefeitos e secretários de saúde para que seja feita a doação. A intenção é que os empresários “adotem” uma ou mais cidades para tentar suprir essas necessidades.
No Espírito Santo, são embaixadores do projeto o movimento ES em Ação, a Rede Gazeta, o Sindicato do Comércio Atacadista e Distribuidor (Sincades), o Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas e Logística (Transcares) e as Federações das Indústrias (Findes) e do Comércio de Bens e Serviços (Fecomércio-ES).
A empresária e presidente do Conselho de Administração do Magazine Luiza, Luiza Helena Trajano, comanda o movimento e reforçou em live na tarde desta quinta-feira (8) a importância da solidariedade das empresas para agilizar a vacinação e dar suporte aos municípios.
“Nós não podemos ficar de braços cruzados. Vamos dizer aos nossos netos que passamos por uma pandemia trabalhando dia e noite. Fazemos porque precisamos agir. Quem quiser adotar uma ou duas cidades é muito bom, mas também pode apoiar de outras formas”, disse.
No site do movimento estão listados endereços de e-mail para cada Estado por onde os empresários podem se informar sobre a necessidade de um ou mais municípios. Também é possível ajudar de forma mais geral, dando apoio logístico ou de comunicação, entre outros.
Trajano explicou que as doações não passam pelas mãos dos organizadores do movimento. Elas são feitas diretamente às prefeituras por intermédio do grupo Unidos Pela Vacina.
Um levantamento foi feito junto às mais de 5,5 mil prefeituras do país para saber quais são os problemas mais urgentes. Segundo Trajano, é com base nesse estudo que é feita a orientação aos empresários sobre o que precisa ser comprado ou fornecido. No Espírito Santo todas as cidades responderam.
Trajano ressaltou durante o evento virtual que o objetivo do grupo não é adquirir vacinas e citou a dificuldade em obter imunizantes junto aos laboratórios devido a escassez deles.
“O grupo não vai comprar vacina porque não tem vacina pra vender. Temos a impressão de que até o fim do ano vamos ter muitas empresas vendendo vacinas. Se alguém conseguir comprar agora, ótimo, até 60% vai ter que dar para o SUS. Mas a dificuldade não está no dinheiro. Está na falta de vacina. É o mundo inteiro querendo comprar”, esclareceu.
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