A Vale concluiu as obras de demolição de uma viaduto rodoferroviário sobre a Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM) em João Neiva. A obra estava prevista no contrato de renovação da concessão da ferrovia, assinado em dezembro do ano passado, como uma obrigação da mineradora.
Como A Gazeta mostrou em 2020, a demolição era apontada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) como emergencial. O prazo era que a obra fosse feita em até um ano após a assinatura do contrato, uma vez que os estudos apontam a possibilidade de ocorrência de acidentes.
Segundo a Vale, apesar do prazo ser até o fim do ano, a obra foi concluída recentemente, em agosto, e durou 50 dias. A empresa explicou que a demolição teve "como principal razão a segurança de pessoas e da operação ferroviária, uma vez que este encontrava-se não operacional".
O viaduto de Monte Seco ficava entre Ibiraçu e João Neiva. Segundo os documentos da renovação da concessão da linha férrea, a obra de demolição estava orçada em R$ 3 milhões.
No traçado original da BR 101, a rodovia passava por este viaduto, já desativado há quase duas décadas após um desvio feito na rota.
O viaduto passava por cima da linha férrea, mas não era mais usado por veículos por muitos anos por apresentar riscos.
Além desta intervenção emergencial, o contrato que renovou a concessão da EFVM lista uma série de investimentos que a mineradora terá que fazer nos próximos anos na malha. Estão previstos, por exemplo, novos viadutos, passarelas e obras de isolamento/vedação da linha férrea.
O aditivo ainda prevê que a Vale faça, como investimento adicional, um ramal ferroviário até Anchieta, no Litoral Sul capixaba. Essa autorização deve sair ainda neste mês, como mostrou A Gazeta.
"Com a prorrogação antecipada da concessão ferroviária será possível antecipar compromissos que aumentarão a segurança e a mobilidade nas regiões por onde passa a EFVM. Ao todo, serão contemplados 28 municípios em Minas Gerais e no Espírito Santo nos próximos 10 anos, tendo por base os critérios de priorização definidos pela ANTT e pelo Ministério da Infraestrutura após processo de ampla participação popular nas audiências públicas", informou a Vale.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta