A Vale está desenvolvendo uma nova locomotiva 100% elétrica, movida a bateria, que será voltada para atender o pátio de manobra dos vagões. O projeto, feito em parceria com a Progress Rail, empresa do grupo norte-americano Caterpillar, vai reduzir significativamente as emissões de gases de efeito estufa substituindo o diesel por eletricidade proveniente de fontes renováveis.
A previsão é que a locomotiva entre em fase-piloto neste semestre no Complexo Tubarão, em Vitória, capital do Espírito Santo. O equipamento também deve reduzir a emissão de ruídos, minimizando os impactos nas comunidades que moram no entorno das operações da empresa.
O equipamento está em fase de construção na planta industrial da Progress Rail, em Sete Lagoas (MG). As baterias terão capacidade de armazenamento de 1,9 MWh, expansível até 2,4 MWh, podendo operar até 24 horas sem necessidade de parar para recarregar.
A locomotiva de pátio 100% elétrica faz parte do programa de substituição da matriz energética da Vale por fontes limpas. A meta da empresa, alinhada ao Acordo de Paris, é reduzir suas emissões diretas e indiretas (de escopo 1 e 2) em 33% até 2030.
Atualmente, as emissões das ferrovias representam cerca de 10% do total de emissões de escopo 1 e 2 da Vale. Se a tecnologia se mostrar viável, os equipamentos elétricos poderão contribuir para reduzir as emissões das ferrovias.
Segundo Gustavo Bastos, gerente-executivo do Centro de Excelência, Tecnologia e Inovação de Ferrosos, os testes com a locomotiva-piloto de manobra, em Tubarão, serão fundamentais para o plano de redução de gases de efeito estufa. "Esse equipamento representa um marco na estratégia de descarbonização dos ativos da Vale e está alinhado com o novo pacto estabelecido com a sociedade", afirmou.
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