Em comunicado divulgado na noite desta quinta-feira (12), a mineradora Vale informou que pode enfrentar dificuldades operacionais relacionadas à força de trabalho por conta da pandemia global do novo coronavírus e ter de suspender suas operações em todo mundo.
"Podemos ter que vir a adotar medidas de contingência ou eventualmente suspender operações", diz a companhia, ressaltando que, até o momento, não sofreu qualquer impacto material ou teve qualquer funcionário infectado por conta do avanço da doença no mundo.
A possibilidade de suspensão das atividades da mineradora representa um risco e tanto para o Espírito Santo. Só no Estado, a empresa tem mais de 10 mil funcionários entre próprios e terceirizados. Sozinha, a Vale representa 13% do Produto Interno Bruto (PIB) capixaba.
De acordo com a empresa, parte significativa da sua receita vem de clientes da Ásia e da Europa (63,3% e 13,8% da receita em 2019, respectivamente). Hoje, a maior parte das exportações capixabas é de minério de ferro e pelotas produzidos pela mineradora e escoados pelo Porto de Tubarão. A China é o principal destino.
A Vale lembra que depende "de uma extensiva cadeia de logística e de fornecedores, incluindo diversos portos, centros de distribuição e fornecedores que tem operações nas regiões afetadas".
A multinacional informa que, desde janeiro, passou a adotar medidas de prevenção ao coronavírus. Foram criados um comitê técnico de crise e um comitê executivo para gerir as ações resultantes da pandemia.
Todas as viagens de negócios e eventos não-essenciais foram cancelados ou postergados. Os empregados que retornam de viagens internacionais são instruídos a entrar em contato com o departamento de saúde da companhia por telefone antes de retornar às atividades, mesmo que não apresentem sintomas.
"Em escritórios em países onde o COVID-19 tem apresentado um impacto mais severo, a Vale implementou a rotina de trabalho remoto (home office)", diz a companhia.
Com informações de Geraldo Campos Jr
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